A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o colega cubano,
Raúl Castro, em Havana
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação
Brasil e Cuba estudam um acordo para a produção conjunta de medicamentos genéricos, segundo fontes diplomáticas brasileiras que acompanham a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) à ilha. Na área, o país caribenho desenvolveu importante tecnologia.
Dilma se reuniu com o colega cubano, Raúl Castro, nesta terça-feira para falar das relações entre os dois países, com ênfase nos assuntos econômicos. Antes de ser recebida por Raúl com honras militares no Palácio da Revolução de Havana, Dilma, que chegou a Cuba na tarde de segunda-feira, depositou flores em um monumento ao herói nacional cubano, José Martí (1853-1895).
Segundo fontes brasileiras, a presidente anunciará um crédito de US$ 70 milhões para a agricultura familiar cubana, que se somará aos US$ 450 milhões aprovados para a ampliação e modernização do porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, uma das maiores obras de infraestrutura do governo de Raúl Castro.
No encontro, os líderes discutiram também o papel da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) na região. Eles consideraram que as relações bilaterais estão em "excelente estado", debateram temas da agenda internacional e os primeiros passos da Celac.
Coincidindo com a chegada da presidente brasileira a Cuba, de onde segue na quarta-feira para o Haiti, a Odebrecht anunciou que assinará um acordo com o grupo estatal cubano Azcuba, que controla a produção açucareira, para ampliar a produção na província de Cienfuegos, no centro-sul da ilha.
A possibilidade de Dilma se reunir com dissidentes cubanos foi descartada, apesar de o Brasil ter concedido um visto à blogueira opositora cubana Yoani Sánchez para visitar o País. Sánchez ainda precisa da permissão do governo para sair da ilha.
Com informações da agência EFE. AFP
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