O superintendente do SAS, José Fernando de Macedo: R$ 3 milhões mensais a mais e um 0800 para agendar consultas
Dentro de pouco mais de uma semana, servidores estaduais de Curitiba e Região Metropolitana poderão voltar a agendar consultas eletivas através do Sistema de Atendimento à Saúde (SAS). Os serviços estão interrompidos desde outubro do ano passado, quando foi encerrado o convênio que o governo estadual mantinha com o Hospital São Vicente. Desde então, o atendimento vem sendo feito no Hospital da Polícia Militar, mas apenas para os casos de urgência e emergência. A promessa é que a partir do dia 30, com a reestruturação da unidade hospitalar, o atendimento ambulatorial seja retomado.
O superintendente do SAS, José Fernando de Macedo, assegurou ontem que grande parte dos médicos e das clínicas terceirizadas que prestarão as consultas já foram contratados. São profissionais para áreas como oftalmologia, pediatria, cardiologia e psiquiatria, há três meses indisponíveis aos servidores. “Fomos obrigados a interromper esse atendimento e reconhecemos que isso que gerou incômodo aos usuários. Mas a partir do dia 30 tudo será normalizado”, assegura. As consultas, de acordo com ele, poderão ser agendadas por meio de um telefone 0800.
Com o convênio firmado entre o governo do Paraná e o Fundo de Atendimento à Saúde dos Policiais Militares (FASPM), o HPM passará a receber um aporte de recursos de quase R$ 4 milhões mensais. Esse montante compreende os R$ 750 mil que a unidade já recebia, mais os R$ 3 milhões que antes eram repassados às empresas que prestavam serviços para o SAS. A primeira parcela do dinheiro já foi entregue. “Há muitas áreas onde investir. Antes o hospital atendia 44 mil pessoas, agora terá uma demanda em torno de 150 mil”, ressalta Macedo. São aproximadamente 118 mil servidores estaduais que dependem do SAS.
A previsão inicial era que as consultas eletivas fossem reativadas em novembro, porém, os trabalhadores permanecem desamparados até agora. “Tem uma parcela grande de servidores em tratamento e que não podia ter esse atendimento interrompido. Nossa expectativa é que isso realmente se resolva no fim do mês, já que tem causado muitos transtornos”, cobra a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado do Paraná (APP Sindicato) e coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES), Marlei Fernandes de Carvalho. Ela também demonstra preocupação com a estrutura do hospital, que não estaria preparada para receber todo o quadro de estatutários.
O superintendente do SAS não soube informar as melhoras estruturais que já foram realizadas no HPM para receber os servidores. A reportagem tentou manter contato com o diretor do hospital, coronel Rogério Daud Kfouri, mas a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que ele estava em reunião e não poderia conceder entrevista na tarde de ontem. Na semana passada, o governo do estado autorizou a nomeação de 137 profissionais para o hospital, sendo 103 técnicos de enfermagem e 34 enfermeiros. A unidade já chegou a operar com 15% da sua capacidade de atendimento, mas com o convênio do SAS o objetivo é chegar aos 100%.
Fonte Gazeta do Povo
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