O objetivo é buscar
uma nova maneira de pressionar o regime sírio e avançar para uma transferência
de poder
Mais de 70 países
vão debater nesta sexta-feira o futuro da Síria, em uma reunião em Túnis do
chamado grupo "Amigos da Síria". O objetivo é buscar uma nova maneira
de pressionar o regime sírio e avançar para uma transferência de poder. De
acordo com a Reuters, que obteve uma cópia da resolução que deve ser proposta
no encontro, a conferência vai pedir por acesso imediato às cidades de Homs,
Deraa, Zabadani e outras áreas que estejam cercadas.
Os Amigos da Síria
ainda vão pedir que Damasco "pare imediatamente com toda a
violência". O grupo se comprometeu a enviar ajuda humanitária em no máximo
48 horas se Damasco acabar com os ataques áreas civis e permitir o acesso
estrangeiro ao país. Ainda devem ser aprovadas novas sanções, incluindo
suspensão de vistos de viagem, corte na compra de petróleo e congelamento de
bens. Os países também devem reduzir ainda mais os laços diplomáticos com
Damasco e tentar evitar o envio de armas para o regime do presidente Bashar
al-Assad. A China e a Rússia não participam da reunião em Túnis.
Em entrevista em
Londres, onde participou de uma conferência internacional sobre a Somália, a
secretária de Estado americana, Hillary Clinton, insinuou que a oposição síria
poderia se armar e disse que Damasco e seus aliados - numa referência clara a
Pequim e Moscou - não podem continuar a brutalidade contra a população.
"Haverá forças
opositoras cada vez mais capazes. De algum lugar, de alguma maneira, (elas)
encontrarão meios para se defender e também para começar ações ofensivas",
disse Hillary.
Kofi Annan pede paz
O
ex-secretário-geral da ONU e enviado especial da organização e da Liga Árabe
para a Síria, Kofi Annan, pediu que todas as partes do conflito sírio cooperem
para dar um fim à violência no país. Annan também participa do encontro em Túnis.
"Estou ansioso
para ter a total cooperação de todas as partes e participantes relevantes no
apoio a este esforço unido e determinado das Nações Unidas e da Liga Árabe para
ajudar a trazer um fim à violência e aos abusos dos direitos humanos, e
promover uma solução pacífica para a crise síria", disse o diplomata após
assumir o novo cargo.
Agência O Globo
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