Advogado e PM aposentado se entregou nesta sexta-feira.
Ele é acusado da morte da ex-namorada, Mércia Nakashima.
Ele é acusado da morte da ex-namorada, Mércia Nakashima.

Mizael Bispo de Souza (foto Reprodução da TV)
O promotor que cuida do caso Mércia Nakashima, Rodrigo
Merli Antunes, disse nesta sexta-feira (24) que o acusado da morte da jovem, o
advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, quer ser julgado
o mais rápido possível. A intenção do promotor é realizar o julgamento ainda em
2012.
“Vamos ver se eles cumprem com a promessa. Eles podem
eventualmente desistir dos recursos que ainda estão aguardando serem julgados.
Se ele fizer isso a gente consegue adiantar bastante o processo e realizar o
plenário do júri dele, quem sabe, ainda este ano”, disse Rodrigo Merli Antunes.
Mizael se entregou
Mizael só se entregou nesta sexta, no fórum de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, depois que os advogados fizeram um acordo com o juiz Leandro Cano. Nem a polícia, nem a promotoria foram avisadas.
Mizael só se entregou nesta sexta, no fórum de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, depois que os advogados fizeram um acordo com o juiz Leandro Cano. Nem a polícia, nem a promotoria foram avisadas.
A principal exigência era que o acusado de matar a
advogada Mércia Nakashima não fosse filmado por órgãos de imprensa. O acordo
foi cumprido.
Mizael chegou em um carro comum, com vidros escuros,
entrou pelo acesso exclusivo a juízes e promotores no fórum, e ficou por
aproximadamente 15 minutos.
“Ele só cumpriu o que ele disse, que jamais fugiria, é
inocente. Disse em todos os momentos que é inocente, disse que jamais se
ausentaria de Guarulhos, como não se ausentou”, afirmou Ivon Ribeiro, advogado
de Mizael.
Crime
O crime aconteceu em maio de 2010. Depois de 19 dias desaparecida, a advogada Mércia Nakashima foi encontrada morta em uma represa, em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A polícia afirma que ela foi assassinada porque Mizael não aceitava o fim do relacionamento.
O crime aconteceu em maio de 2010. Depois de 19 dias desaparecida, a advogada Mércia Nakashima foi encontrada morta em uma represa, em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A polícia afirma que ela foi assassinada porque Mizael não aceitava o fim do relacionamento.
No começo da noite, Mizael chegou à Corregedoria da
Polícia Militar (PM) em um comboio. Em seguida, foi fazer exame de corpo de
delito no Instituto Médico-Legal (IML). Usou o paletó para tentar se esconder e
não falou com jornalistas.
Por ser advogado, Mizael tem direito a prisão especial e
vai ficar no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo, em uma
cela isolada.
A polícia acredita que Mércia tenha morrido ainda no dia
23 de maio de 2010, quando desapareceu da casa dos avós em Guarulhos. Um
pescador afirmou ter visto o carro da advogada entrar na represa em Nazaré
Paulista no mesmo dia. Também contou à polícia ter visto um homem não
identificado deixar o veículo e ter escutado gritos de mulher.
O veículo foi localizado submerso em 10 de junho do mesmo
ano. Um dia depois, os bombeiros encontraram o corpo de Mércia.
Peritos identificaram que ela levou um tiro no rosto,
provavelmente de raspão. Segundo o perito Renato Pattoli, Mércia foi agredida,
baleada, desmaiou e morreu afogada, já que ela também não sabia nadar.
Mizael era procurado desde 7 de dezembro de 2010.
Ex-namorado da vítima foi denunciado pelo Ministério Público (MP) de Guarulhos
pelo assassinato da advogada. O outro acusado do crime é o vigia Evandro
Bezerra da Silva, que ainda está foragido.
Pedido negado
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou no dia 17 de fevereiro o pedido da defesa de Mizael para que o processo fosse suspenso até que a corte decida se o julgamento deve ser realizado em Guarulhos ou em Nazaré Paulista.
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou no dia 17 de fevereiro o pedido da defesa de Mizael para que o processo fosse suspenso até que a corte decida se o julgamento deve ser realizado em Guarulhos ou em Nazaré Paulista.
Com a decisão liminar (provisória) do ministro Ricardo
Lewandowsky, o caso continuará correndo em Guarulhos, sem suspensão, até o
julgamento do mérito pelo plenário do tribunal. O Superior Tribunal de Justiça
(STJ) já havia negado pedido idêntico feito pelos advogados de Mizael e
reconhecido a competência da Vara do Júri de Guarulhos para processar e julgar
o réu
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