Judiciário paranaense vai fazer licitação para decidir
qual banco vai administrar a conta de 7,7 mil servidores
Miguel Kfouri Neto, presidente do TJ: ideia é
escolher banco que pagar
mais e que ofereça mais benefícios aos
funcionários da Justiça
O
Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) escolherá no próximo dia 17 o banco que vai
administrar a folha de pagamento da instituição. O preço mínimo exigido, para
um contrato de cinco anos, é de R$ 19,4 milhões. A folha do tribunal está em
cerca de R$ 50 milhões ao mês.
Segundo o
presidente do TJ paranaense, desembargador Miguel Kfouri Neto, o preço
oferecido não será o único critério para escolha da instituição financeira, que
pode ser pública ou privada. “Também vão ser levados em conta os benefícios que
o banco oferecer aos funcionários, como taxa de juros e tarifas menores”,
afirmou o desembargador.
Primeira
vez
Esta será
a primeira vez que o TJ “venderá” as suas contas. A prática é comum no Poder
Executivo. No ano passado, o governo do Paraná repassou a folha de pagamento
para o Banco do Brasil num contrato recorde do gênero. Foram R$ 500 milhões por
um contrato de cinco anos. O banco passou a administrar a folha de 151 mil
servidores na ativa.
No
Judiciário, prática também vem se tornando mais comum. No caso do tribunal
paranaense, a folha hoje é gerida pelo Banco do Brasil, mas sem nenhuma oferta
de contrapartida. Agora, a ideia é obter compensação pela folha dos 7,7 mil
servidores. “Isso já vem sendo feito em muitos tribunais”, afirma Kfouri.
Depósitos
Ao
contrário do que ocorre com a folha de pagamento, que pode ser destinada tanto
a bancos públicos como a instituições privadas, a outra grande conta que o
Judiciário mantém, relativa aos depósitos judiciais, deve ser sempre confiada a
bancos estatais.
Em 2010,
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considerou irregular o contrato que o
tribunal paranaense mantinha até então com o Itaú. O dinheiro depositado em
juízo por qualquer determinação do Judiciário paranaense era levado ao banco
privado. Na época, o fundo formado por essas verbas tinha cerca de R$ 49
milhões.
O CNJ
determinou que o tribunal paranaense repassasse todo o dinheiro para bancos
públicos e que deixasse de usar os recursos para fazer obras sem licitação.
Independentemente de estar em banco privado, o CNJ considerou que eram verbas
públicas e que seu uso precisava passar por licitação.
Gazeta do
Povo
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