Diplomatas trabalham para ativar
representação, e segurança preocupa.
Ao G1, embaixador Ánuar Nahes diz que 'Iraque promete'.
Ao G1, embaixador Ánuar Nahes diz que 'Iraque promete'.

O embaixador Ánuar Nahes ao lado dos secretários
Eduardo Sfoglia (esq.) e Pablo Romero (dir.)
(Foto: Ánuar Nahes/Arquivo Pessoal)
Mais de duas décadas depois de ter retirado sua
representação diplomática do território iraquiano, no início da Guerra do
Golfo, em 1991, o Itamaraty voltou neste mês a ter uma embaixada em Bagdá. O
embaixador Ánuar Nahes mudou-se em 1º de março para o composto onde funciona a
representação brasileira, no bairro de Al Harthia, e começou a trabalhar para
fortalecer as relações diplomáticas entre os dois países.
Em entrevista ao G1, por telefone, Nahes explicou que a recém-inaugurada embaixada
ainda está em fase de instalação, e que as primeiras duas semanas que passou em
Bagdá foram marcadas por um trabalho básico de conhecer as pessoas do governo e
os empresários do país.
Aos 59 anos e com três décadas de carreira
diplomática, o embaixador disse que a principal preocupação do Ministério das
Relações Exteriores ainda é com a segurança dos diplomatas e funcionários que
trabalham com ele. A embaixada em Bagdá tem outros três funcionários do
Itamaraty, mas a equipe pode chegar a sete.
Segundo Nahes além de preocupar, os cuidados com a
segurança limitam a circulação pela cidade dificultam o trabalho.“Desloco-me
pouco pela cidade, indo apenas a compromissos oficiais. Temos uma equipe de
segurança que minimiza os riscos que corremos. Deslocamentos são perigosos e
devem ser programados. Há o perigo dos carros-bomba nos 'check points'. Não
posso dar bobeira na rua, sem segurança, pois há o perigo de sequestros",
explicou o embaixador.
Fachada da embaixada brasileira em Bagdá
(Foto: Ánuar Nahes/Arquivo Pessoal)
(Foto: Ánuar Nahes/Arquivo Pessoal)
"Estamos instalando tudo do zero, começando a
montar nossa estrutura. Apresentei as credenciais ao ministro da Relações
Exteriores, mas ainda não ao presidente iraquiano”, disse.
Segundo ele, ainda não foi possível coletar
informações detalhadas sobre brasileiros que vivem no Iraque. Um relatório do
Itamaraty sobre cidadãos do país no exterior diz que 15 brasileiros vivem no
Iraque. "Tenho notícia de uma família brasileira no Curdistão [no norte do
país] e de outra em Bagdá, mas são funcionários da antiga embaixada que têm
cidadania brasileira. Além disso, há o Zico, que está treinando a seleção
iraquiana de futebol e passa temporadas no Curdistão e outras na
Jordânia."
Por Daniel Buarque do G1 de SP
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