A prefeitura do Rio quer atender a todas as necessidades
de infraestrutura para que a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá na cidade de 13 a 23 de
junho, "ocorra com padrão de excelência", disse o economista e
ecologista Sergio Besserman. Titular da Câmara Técnica de Desenvolvimento
Sustentável e Governança Metropolitana da Cidade do Rio, ele preside o grupo de
trabalho da prefeitura para a Rio+20. O grupo trabalha na realização do evento
há cerca de dois anos e meio, sob a coordenação do Itamaraty.
São esperadas milhares de pessoas, que vão se locomover
diariamente até o Centro de Convenções Riocentro, na Barra da Tijuca, zona
oeste da cidade, onde ocorrerá a conferência oficial. Eventos paralelos serão
realizados nos mesmos horários em outros locais. "A nossa prioridade é o
funcionamento da cidade", disse Besserman.
Ele participa das discussões de conteúdo da Rio+20, por
meio de um tema considerado crítico pela Organização das Nações Unidas (ONU),
que são as cidades. "Como as cidades se posicionam na discussão sobre o
desenvolvimento sustentável". Durante o encontro, a prefeitura estará
participando de várias reuniões de redes de cidades que debatem o tema
sustentabilidade a partir da ótica urbana.
Haverá uma conferência internacional, a Cúpula 40 (C40),
que reunirá representantes das 40 maiores cidades do mundo que lutam contra o
aquecimento global. Prefeitos do mundo inteiro estão sendo convidados para esse
encontro. Participarão também organizações e redes nacionais e globais de
cidades sustentáveis.
O economista lembrou que ainda não existe resposta sobre
a definição do que é uma cidade sustentável. "Mas as cidades têm se demonstrado
capazes de ação, ou seja, de tomar iniciativas em inovações tecnológicas, em
edificações, que podem ser inspiradoras para uma conferência tão
importante".
A ideia da prefeitura é demonstrar, na Rio+20, que as
cidades têm uma capacidade grande de criação, que as torna capazes de dar conta
dos desafios do desenvolvimento sustentável. "E que elas estão sendo
ousadas nessa linha".
Besserman destacou que tudo que é feito nas cidades exige
definições que só virão dos acordos internacionais que afetam a macroeconomia
global e os preços das mercadorias, por exemplo. "As cidades não
substituem as ações. Mas elas têm um exemplo de ousadia, de criatividade, na
busca de soluções sustentáveis. Elas são uma força, uma inspiração
importante".
Agência Brasil
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