O lavrador
Antônio Ramos esperou, mas o coração não resisitiu.
A Sesa havia informado que os pacientes não precisavam do recurso.
A Sesa havia informado que os pacientes não precisavam do recurso.
O lavrador Antônio Ramos esperou, mas o coração não resisitiu. (Foto:
Reprodução/TV Gazeta)
À espera por uma
vaga em UTI, em Santa Leopoldina, região Serrana do Espírito Santo, o lavrador
Antônio Ramos, de 70 anos, acabou morrendo na noite desta sexta-feira (30),
após a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informar que os pacientes que
estavam no Hospital Nossa Senhora da Penha "não estavam graves e não
precisavam de unidade de tratamento intensivo". Mesmo assim, um leito
particular foi comprado pelo estado no Hospital de Vila Velha, Grande Vitória,
mas o paciente com problemas cardíacos faleceu.
Na manhã deste
sábado (31), o subsecretário de Saúde Geraldo Queiroz disse que a Sesa vai
investigar e estranha a quantidade de mortes. "Em relação ao óbito, o
hospital pediu vaga de enfermaria, sendo que o paciente precisava de UTI",
disse. O G1 entrou em contato com a direção do hospital em Santa Leopoldina,
que ainda não se manifestou.
Inconsolável, a
filha do lavrador falecido, a auxiliar de costura Delma Ramos disse que não
sabe o que vai fazer. No meio de tanta confusão, ela chegou a ligar para a
polícia. "Ele precisava ir para a UTI. Colocaram em uma cadeira e não
aceitaram o caso dele", disse.
Hospital Nossa Senhora da Penha, em Santa Leopoldina, na região serrana
do estado. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Em Santa Leopoldina
O diretor do hospital, Genivaldo Potratz, disse nesta sexta, que vários pacientes morreram à espera de transferência. "Quando chega urgência, não conseguimos vaga. Desde janeiro, já perdemos vários pessoas pelo mesmo problema. Foram 14 óbitos", falou. A Secretaria de Estado da Saúde disse que estranha os números e informa que vai encaminhar técnicos da Vigilância Sanitária e do Comitê de Investigação de Óbitos além de fazer uma auditoria na unidade.
O diretor do hospital, Genivaldo Potratz, disse nesta sexta, que vários pacientes morreram à espera de transferência. "Quando chega urgência, não conseguimos vaga. Desde janeiro, já perdemos vários pessoas pelo mesmo problema. Foram 14 óbitos", falou. A Secretaria de Estado da Saúde disse que estranha os números e informa que vai encaminhar técnicos da Vigilância Sanitária e do Comitê de Investigação de Óbitos além de fazer uma auditoria na unidade.
De acordo com a diretoria da instituição, o local tem 20
leitos e efetua apenas atendimento de emergência e estabiliza a situação do
paciente. Quando o caso é mais grave, a opção encontrada é a transferência,
mas, segundo a própria diretoria, a central de vagas da rede estadual de saúde
não dá retorno.
A secretaria disse ainda que a Central de Regulação de
Internação recebeu as solicitações de vagas para enfermaria nesta quinta-feira
(29). Os leitos foram comprados em um hospital particular da Grande Vitória e
os pacientes serão transferidos pelo próprio hospital.
G1 de ES, com informações da TV Gazeta
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