De acordo com
sindicalistas, o governo não cumpriu a promessa de equiparar o salário dos
docentes ao dos técnicos de nível superior contratados para trabalhar nas
universidades
Professores de
instituições estaduais de ensino superior no Paraná programam uma paralisação
para esta quarta-feira (7). O objetivo é pressionar o governo a cumprir um
acordo feito em 11 de novembro do ano passado no qual a Secretaria da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior se comprometia a equiparar o piso salarial dos
docentes com o dos técnicos de nível superior contratados para trabalhar nas universidades.
A decisão do governo de não cumprir a promessa foi notificada aos sindicatos no
dia 3 de fevereiro, em Curitiba, em uma reunião com o secretário de estado da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
De acordo com
Nilson Magagnin Filho, presidente do Sindiprol/Aduel, sindicato que reúne os
cerca de 1.600 professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o
governo afirmou que iria igualar o piso salarial em três etapas. “Seriam três
aumentos de 9,62% nos primeiros trimestres de 2012, 2013 e 2014. Ficamos
surpreendidos quando representantes da Secretaria [de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior] nos comunicaram da deliberação de voltar atrás e reiniciar as
negociações”, explicou Nilson.
No mesmo dia, os
professores também pretendem fazer uma manifestação em Curitiba, em frente do
Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa do Paraná, no Centro Cívico. “Além
dos salários e de pedir a contratação de mais professores, queremos protestar
contra o corte de verbas das instituições e o decreto [3728/2012, de
23.01.2012] que ameaça a autonomia das universidades”, disse Marta Bellini,
vice-presidente do Sesduem, sindicato que reúne cerca de 2000 professores da Universidade
Estadual de Maringá (UEM).
De acordo com os
sindicatos, aderirão à mobilização professores das universidades estaduais da
Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná (Unioeste), da Universidade Estadual do Centro-Oeste
(Unicentro), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade
Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), além de
duas das sete instituições que formarão parte da Unespar, a Faculdade Estadual
de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea) e a Faculdade Estadual de Ciências
e Letras de Campo Mourão (Fecilcam).
Até as 17h desta
segunda-feira, a assessoria de imprensa da Secretaria da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior não tinha ainda uma posição oficial sobre o assunto.
Por Denise Drechsel
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