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quinta-feira, 22 de março de 2012

Servidores de Curitiba prometem retomar greve na segunda-feira

Já os professores da capital aceitaram a proposta da prefeitura e cancelaram a paralisação

 Heliberton Cesca / Gazeta do Povo / Servidores municipais decidiram retomar a greve a a partir da próxima segunda-feira contra a falta de proposta de incorporação das gratificações aos salários
 Servidores municipais decidiram retomar a greve a a partir da próxima segunda-feira
 contra a falta de proposta de incorporação das gratificações aos salários

Os servidores municipais de Curitiba decidiram, na noite desta quarta-feira (21), cruzar os braços mais uma vez a partir da próxima segunda-feira (26). A greve da categoria havia sido suspensa na semana passada para uma nova negociação com relação ao pagamento de gratificações. 

A retomada da greve foi decidida em uma assembleia na Praça Carlos Gomes, no centro da cidade, que contou com a participação de cerca de 200 pessoas ligadas ao Sindicato dos Servidores Públicos de Curitiba (Sismuc). Já os professores municipais aceitaram a proposta da prefeitura e acabaram com o estado de greve em assembleia no Centro de Convenções, que reuniu cerca de mil pessoas vinculadas ao Sindicato dos Servidores do Magistério de Curitiba (Sismmac). 

Os professores municipais cancelaram a greve e aceitaram a proposta de aumento salarial de 10% mais 8,69% referente ao que seria dado em gratificação variável diferença entre a decisão dos dois sindicatos deve-se ao tratamento que a direção de cada uma das entidades alegam ter recebido do Executivo. O Sismmac conseguir barrar a criação de uma gratificação variável ao salário dos professores e incorporar o valor a remuneração mensal normal. Já o Sismuc alega que a prefeitura não alterou em nada a proposta discutida na semana passada, que prevê a manutenção da gratificação existente nos moldes atuais e o início da incorporação somente a partir de maio de 2013. 

A prefeitura foi procurada após o término das duas assembleias, mas devido ao horário não foi possível conversar com nenhum representante do Executivo sobre a decisão das duas categorias. As negociações entre representantes da prefeitura e dos dois sindicatos terminaram no fim da tarde desta quarta. No site da prefeitura de Curitiba, em matéria publicada antes das assembleias, a prefeitura defendia criação do Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), a remuneração variável. “Provamos com números esclarecedores que o PPQ é melhor para o profissional do magistério”, disse a secretária de Recursos Humanos, Maria do Carmo de Oliveira de acordo com o site.

Para o Sismuc, que representa cerca de 20 mil funcionários, a proposta apresentada era do aumento de 10% nos salários para o funcionalismo municipal e nenhuma incorporação das gratificações existentes ainda neste ano, somente em 2013. “Nós entendemos que a prefeitura podia ter melhorado essa proposta e isso não aconteceu”, explicou a secretária jurídica do Sismuc, Irene Rodrigues.

Com isso, os servidores marcaram um ato em frente ao prédio da prefeitura no Centro Cívico a partir 16 horas nesta sexta-feira (23). Um bolo será levado ao local em homenagem ao aniversário do prefeito Luciano Ducci (PSB). A partir de segunda, a greve deve ser retomada com um ato a partir das 8 horas em frente a Câmara de Vereadores. “Vamos acompanhar a votação (do projeto de lei que prevê o aumento e a incorporação em 2013) e pressionar para que os vereadores aprovem as emendas que apresentamos”, falou Irene.

Magistério
Os professores, por outro lado, concordaram com a proposta recebida do Executivo. De acordo com a negociação, o magistério municipal continuará sem gratificações variáveis nos salários e a proposta de criação deste tipo de remuneração será transformada em aumento real, segundo o Sismmac.
A proposta aprovada pelos professores prevê o aumento de 10%, geral para todos os servidores, mais 8,69% referente ao valor que seria dado em gratificação. Com isso, o salário base do magistério municipal deve passar de cerca de R$ 1,2 mil para R$ 1,4 mil. “A gente fez o cálculo e vamos ter um aumento de quase 20% da tabela”, disse Andressa Fochesatto, diretora do Sismmac.

Apesar disso, não ficou definida uma data para a proposta de 8,69% ser enviada a Câmara Municipal. Mas, o acordo, segundo o Sismmac, prevê o pagamento a partir do salário referente ao mês de abril. Outra diretora do sindicato, Silmara Carvalho, disse que caso isso não aconteça o movimento de greve pode ser retomado. “É pressão de novo em cima”, declarou. 

Câmara
Enquanto os sindicatos negociam a remuneração variável com a prefeitura, já tramita na Câmara de Vereadores um projeto de lei que prevê aumento de 10% para o funcionalismo municipal. A proposta foi aprovada pelas comissões nesta quarta e pode ir a plenário na semana que vem.
Além do reajuste, um pacote de benesses aos servidores pode seguir para a avaliação dos parlamentares, como o aumento do piso dos guardas municipais e pagamento de gratificação aos professores da rede municipal. O corte de 30% do salário do prefeito, anunciado junto com o reajuste, não passou pela avaliação da Casa.



Por Heliberton Cesca

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