Nesta quinta (26), é o Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão.
Doença atinge 30% dos brasileiros e pode provocar infarto e derrame.
Doença atinge 30% dos brasileiros e pode provocar infarto e derrame.
Hipertensão atinge 30% da população brasileira
(Foto: Michel
Willian/SMCS/DIvulgação)
Dados do Ministério da Saúde revelam que a proporção de
pessoas acima do peso em Curitiba cresceu nos últimos seis anos. O percentual
de obesos subiu de 12,3%, em 2006, para 16% em 2011. Com relação ao excesso de
peso, houve um aumento de 7%, ou seja, 50% da população estão inseridos neste
quadro. O número é maior que a média brasileira de 48,5%. O excesso de peso e a
obesidade são vilões da boa forma e estão entre as principais causas da
hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta.
A doença pode provocar sérias complicações, como infarto,
derrame cerebral, insuficiência cardíaca e renal. O problema atinge 30% da
população nacional, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. E por isso
autoridades da área de saúde tentam alerta a população. Nesta quinta-feira
(26), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão.
De acordo com o professor de Cardiologia da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Francisco Maia existe uma relação
direta entre a obesidade e a hipertensão. "Pesquisas revelam que a redução
de 10 kg já diminui a pressão arterial em consideravelmente", explicou.
Para ser considerado hipertenso, o indivíduo precisa
manter a pressão arterial acima de 14/9, explica Maia. "É um inimigo
silencioso. Muitas vezes as pessoas não têm nenhum sintoma", adverte o
médico.
É o caso do procurador aposentado Osmar Rodrigues. Aos 40
anos, ele descobriu que tinha hipertensão. "Minha pressão chegou a 18/10.
Mas, como não me trazia mal estar, não procurei tratamento", confessou.
Hoje com 63 anos, Osmar se arrepende por não ter sido mais cuidadoso com sua
saúde. "Não é aconselhável esperar como eu esperei. A doença agravou-se e
agora tenho também diabetes e problemas no coração", contou. O procurador
conseguiu controlar a pressão com uma mudança nos hábitos e com o auxilio de
medicação. Ele incluiu caminhadas e aderiu a uma alimentação balanceada.
Mas nem sempre é fácil manter-se na linha. "Uma
alimentação saudável exige certa disciplina. Não pode exagerar", contou o
professor Orlando Frizanco. Em 2000, ele descobriu que era hipertenso e a
notícia provocou uma transformação em seus hábitos. "Passei a comer nos
horários certos, inclui a salada na dieta e evito gorduras ou frituras",
exemplificou.
Para Everton Dombeck cardiologista do Hospital
Cardiológico Costantini, o paciente precisa tomar consciência da gravidade da
doença. "Hoje há muita informação. Todos sabem o que precisa ser feito
para ter uma vida saudável, mas falta operacionalizar essa mudança de
hábito", admitiu.
A obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, o consumo
excessivo de álcool e o estresse, aliados a fatores genéticos são as principais
causas de hipertensão. "Pessoas com elevados níveis de colesterol e
diabéticos também têm mais probabilidade de desenvolver a doença",
acrescentou.
Outro vilão é o sal, quando consumido em exagero. A quantidade não deve passar de três gramas diárias, que correspondem a três colheres rasas de café.
A hipertensão não tem cura, por isso é preciso investir
na prevenção, advertiu o cardiologista. "Quem não têm a doença deve medir
a pressão a cada dez dias. Já os pacientes hipertensos precisam aferir de duas
a três vezes por semana", relevou. Segundo ele, os jovens também devem
realizar o exame a cada três meses.
G1 do PR
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