O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta
em abril ao avançar 0,85 por cento, ante variação positiva de 0,43 por cento em
março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. Os preços
dos alimentos no atacado e do cigarro no varejo foram os principais
responsáveis por puxar o índice para cima.
Em 12 meses, o IGP-M
avançou 3,65 por cento e a taxa acumulada no ano é de 1,47 por cento, de acordo
com a FGV.
Dentre os subíndices que
compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,97 por
cento, após alta de 0,42 por cento em março.
Segundo a FGV, contribuiu
para a aceleração dos preços no atacado, medida pelo IPA, o índice relativo ao
grupo Bens Finais, que avançou 0,78 em abril depois de ter subido 0,28 por
cento em março. Nesse grupo destacou-se o subgrupo alimentos processados, que
subiu 1,43 por cento depois de ter registrado deflação de 0,54 por cento em
março.
Já o segmento Bens
Intermediários registrou ganho de 1,13 por cento, ante alta de 0,62 por cento
no mês passado. A principal contribuição para a taxa neste segmento foi do
subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que registrou alta de 1,26
por cento em abril após variação positiva de 0,82 por cento em março.
Já o índice de
Matérias-Primas Brutas teve alta de 0,97 por cento em abril, ante 0,31 por
cento anteriormente. Os principais responsáveis pela aceleração do grupo foram
soja em grão (7,07 por cento para 11,76 por cento), minério de ferro (-0,57 por
cento para 0,79 por cento) e café em grão (-9,78 por cento para -6,78 por
cento).
VAREJO
O Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) subiu 0,55 por cento em abril, após avanço de 0,48 por cento
no mês passado. A principal contribuição para a variação de preços do varejo
veio do grupo Despesas Diversas, cuja taxa avançou 2,29 por cento depois de ter
subido 0,07 por cento em março.
Nessa classe de despesa,
destacou-se o reajuste dos cigarros, que passou de estabilidade para alta de
5,72 por cento.
Também foram registradas
altas em Saúde e Cuidados Pessoais (0,54 por cento para 0,86 por cento),
Vestuário (0,27 por cento para 1,03 por cento), Alimentação (0,45 por cento
para 0,50 por cento), Transportes (0,22 por cento para 0,31 por cento) e
Comunicação (-0,26 por cento para 0,06 por cento).
Por sua vez, apresentaram
recuo os grupos Habitação (0,99 por cento para 0,52 por cento) e Educação,
Leitura e Recreação (0,27 por cento para 0,26 por cento).
O Índice Nacional de Custo
da Construção (INCC) registrou alta de 0,83 por cento, ante elevação de 0,37
por cento em março.
O grupo Materiais,
Equipamentos e Serviços mostrou alta de 0,58 por cento, ante 0,42 por cento no
mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra passou de 0,32 por
cento em março para 1,08 por cento em abril.
Além de medir a evolução
do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de
valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
JUROS
O cenário inflacionário é
crucial para que o Banco Central defina sua política relacionada à taxa de
juros, atualmente em 9 por cento após corte de 0,75 ponto percentual na semana
passada.
Na quinta-feira, a ata da
última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que o BC deve
continuar reduzindo a taxa Selic. Para especialistas, isso significa mais
cortes na Selic entre 0,25 e 0,50 ponto percentual em maio, quando o comitê de
reúne novamente.
Entretanto, o Copom elevou
a projeção de inflação para 2012 e 2013 pelo cenário de referência. Segundo o
documento, para este ano a estimativa de inflação encontra-se "em torno do
valor central" da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA. Para 2013,
a projeção está "acima" do centro da meta.
Por Camila Moreira; Edição
de Hélio Barboza
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