Pela manhã ou no fim da tarde, quem tem de utilizar a antiga
BR-116 encara dois pontos com paradas que fatalmente atrasam o deslocamento dos
motoristas

Trafegar pela Linha Verde, em Curitiba, no horário de pico pode não ser a
melhor escolha para os motoristas que seguem do Tarumã para o Jardim Botânico e
também para quem vai do bairro Fanny ao Prado Velho. A reportagem da Gazeta do
Povo circulou ontem pela Linha Verde entre 7h45 e 9h30 – do Bairro Alto até o
Pinheirinho e depois do Pinheirinho para o Bairro Alto – e encontrou dois
gargalos.
O trajeto teve início no Bairro Alto, nas proximidades do Hospital
Vita, em direção ao Pinheirinho, às 7h45. O tráfego estava alto, mas fluiu
normalmente até o Tarumã. O primeiro problema encontrado pela reportagem
ocorreu pouco antes do viaduto sobre a Avenida Victor Ferreira do Amaral. A
partir desse ponto o trânsito estava bastante lento e a velocidade não
ultrapassou os 20 km/h. Os motoristas encontravam duas faixas para trafegar e
havia obras pelo caminho.
O congestionamento seguiu até o viaduto da Linha Verde sobre a
Avenida Prefeito Lothário Meissner, no Jardim Botânico. O trecho de
aproximadamente dois quilômetros entre os dois viadutos demorou cerca de 13
minutos para ser percorrido. Após o viaduto do Jardim Botânico, já com três
faixas, o trânsito em direção à região Sul da cidade normalizou e foi possível
atingir os 60 km/h.
A seguir, os trechos nas proximidades do Colégio Medianeira e do Trevo
da PUCPR estavam fluindo normalmente. Por volta das 8h10, porém, foi possível
observar que havia lentidão no sentido contrário (Xaxim-Prado Velho). O
percurso seguiu até o Pinheirinho e foi encerrado nas proximidades da Rua
Marechal Otávio Saldanha Mazza, às 8h32. O trajeto de cerca de 16 quilômetros –
do Bairro Alto ao Pinheirinho – foi feito em 35 minutos (já descontadas as
paradas feitas durante o trajeto para os registros fotográficos).
Sentido contrário
No retorno do Pinheirinho para o Bairro Alto, a partir das 8h40,
o tráfego pela Linha Verde fluiu normalmente até o bairro Fanny. A partir desse
trecho, os semáforos da região deixaram o trânsito lento e provocaram várias
paradas.
O tráfego “travou” 300 metros antes do cruzamento com a Rua Oliveira
Viana por causa do semáforo. A mesma situação ocorreu na esquina com a Rua João
Soares Barcelos. O trânsito seguiu bastante lento até o cruzamento com a
Avenida Senador Salgado Filho. O trajeto de pouco mais de dois quilômetros
levou 14 minutos para ser percorrido.
Após esse ponto, o percurso foi transcorrido sem nenhuma restrição
até o Bairro Alto, perto do Hospital Vita. O trajeto de 16 quilômetros foi
encerrado às 9h30. Descontadas as paradas, foram gastos 38 minutos para seguir
do Pinheirinho até o Bairro Alto na manhã de sexta-feira.
Evite
A prefeitura de Curitiba, através de assessoria de imprensa,
explicou que o problema no trecho entre os viadutos do Tarumã e do Jardim
Botânico – e nos cruzamentos da Linha Verde com a Rua Oliveira Viana e com a
Avenida Salgado Filho – concentra-se no horário de pico. E sugere que o
motorista evite a Linha Verde e use rotas alternativas nos horários de maior
movimento. Segundo a prefeitura, o Setran está fazendo estudos para melhorar o
fluxo do trânsito no local, talvez aumentando o tempo do sinal de alguns dos
lados em determinado horário do dia, mas ainda não há previsão para que essas
mudanças sejam realizadas.
Trincheira tem fila pequena de manhã em semáforo
As mudanças no trânsito ocasionadas pela trincheira
Bacacheri-Bairro Alto geraram descontentamento em moradores e comerciantes da
região. Um dos principais alvos de reclamações é o semáforo no cruzamento das
ruas Gustavo Rattman e Fagundes Varela – logo após a trincheira.
Nos horários de pico, o equipamento deixa o trânsito lento na
região. A reportagem esteve no local na manhã de sexta-feira, por volta das
7h40, e constatou a formação de uma pequena fila, porém, não havia
congestionamento.
André Franke, gerente de uma casa de frutas no cruzamento, afirmou
que o movimento do seu comércio caiu 25% depois que a trincheira foi
inaugurada, em 26 de março. “O trânsito para que mora na região ficou
complicado. Quem segue pela Gustavo Rattman não tem como parar aqui”, afirmou.
Temporário
A prefeitura de Curitiba afirmou, por meio da assessoria de
imprensa, que a instalação do semáforo logo após a trincheira seria uma solução
temporária. Inicialmente a rua teria apenas um sentido, mas, para favorecer os
comerciantes e moradores da região, optou-se por fazer mão dupla ali. “Por isso
foi colocado o semáforo, para organizar o trânsito do local”, explica a
prefeitura por nota. Está planejada outra trincheira no sentido contrário na
via, mas ela só deve ser realizada no ano que vem. Após a construção da segunda
trincheira o semáforo deve ser retirado do local.
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