As tarifas de
publicidade do Google receberão atenção especial, enquanto Wall Street avalia
se a proliferação de celulares inteligentes com conexão à Internet ajuda ou
atrapalha o serviço de busca com o qual a empresa obtém a maior parte de seu
lucro.
Os resultados
financeiros do Google no primeiro trimestre, que serão anunciados depois do
fechamento dos pregões norte-americanos na quinta-feira, marcarão a passagem do
primeiro aniversário de Larry Page, co-fundador da companhia, de volta como presidente-executivo.
Page agiu de
modo agressivo para reposicionar o líder de buscas na Web em cenário em
transformação, no qual aparelhos móveis e serviços online de redes sociais
concorrem constantemente por consumidores. Para uma companhia como o Google,
acompanhar as mais recentes tendências da tecnologia e capturar a atenção dos
usuários é crucial.
"O novo
presidente-executivo continua a deixar sua marca na empresa, e creio que boa
parte da discussão vá girar em torno de sua futura estratégia", diz
Michael Yoshikami, administrador de fundos na Destination Wealth Management.
"As coisas
se movimentam tão rápido nesse espaço que, se você agir errado, pode se tornar
irrelevante dentro de cinco ou 10 anos", disse.
O Google
surpreendeu Wall Street no trimestre passado ao não atingir as projeções de
lucro e de faturamento feitas pelo mercado, o que acontece raramente e afetou
as ações da companhia.
Os investidores
se incomodaram especialmente com o surpreendente declínio no custo por clique,
o valor que os anunciantes pagam pela publicidade vinculada a buscas, o que
gerou preocupação quanto à possibilidade de que anúncios mais baratos,
vinculados a buscas em celulares, fossem a causa da queda.
O Google
mencionou diversos motivos para o declínio, entre os quais mudanças em seus
formatos publicitários, e muitos analistas antecipam nova queda no primeiro
trimestre. Os investidores estarão atentos a quaisquer detalhes sobre a
tendência quanto ao preço da publicidade em aparelhos móveis.
Enquanto isso,
alguns analistas e investidores notam que, enquanto os anúncios móveis forem
complementares a seu negócio de publicidade em computadores, o Google irá se
beneficiar.
Analistas
consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S esperam receita líquida, que exclui
taxas pagas a sites parceiros, de 8,14 bilhões de dólares, alta de 25 por cento
ano a ano e estável frente ao quarto trimestre.
O lucro ajustado
por ação é estimado a 9,65 dólares por ação.
Por Alexei Oreskovic
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