Morreu na madrugada de ontem, aos 84
anos, o bispo (eparca) ucraniano católico dom Efraim Basílio Krevey, de
complicações de um câncer no fígado. O corpo está sendo velado na Catedral
Ucraniana São João Batista, no bairro Água Verde, em Curitiba. Hoje, às 15 horas,
será realizada a missa de corpo presente e, em seguida, será feito o
sepultamento na cripta da Catedral.

Dom Efraim foi o principal líder dos
ucranianos católicos no Brasil durante 28 anos. “É uma grande perda”, lamentou
o atual eparca da igreja, dom Volodemer Koubetch. “Ele foi um personagem
importante para a história da igreja ucraniana do Brasil e da eparquia. Dos 120
anos da imigração ucraniana aqui, a metade esteve nas mãos dele”, completou.
Nascido em Ivaí, o bispo mudou-se em
1940 para Prudentópolis e entrou para o Seminário São José. Em 1945 foi para a
cidade de Iracema, onde cursou Filosofia. O bispo também cursou Teologia na
Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Em 1972, foi ordenado bispo pelo
Papa Paulo VI, na Basílica de São Pedro, em Roma, e no mesmo ano, iniciou a
construção da sede eparquial em Curitiba.
Conhecido por seu engajamento com a
cultura ucraniana, dom Efraim esteve à frente de obras como o Centro
Religioso-Cultural Ucraniano Poltava, em Curitiba. Segundo o empresário e presidente
da Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana, Marcos Nogas, dom Efraim era
muito representativo para a comunidade ucraniana. “Transcendeu a igreja e foi
para a cultura. Ele foi um líder completo”, disse.
Pesar
A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) divulgou nota de pesar pela morte de bispo ucraniano. No texto, o
padre Mário Spaki diz que “dom Efraim dedicou a sua vida com grande zelo pelos
ucranianos. Ele parte, mas deixa atrás de si um rastro de luz, uma vida
entregue a serviço do Reino”.
O representante da Igreja Ortodoxa
Ucraniana, arcebispo dom Jeremias Ferens, também manifestou suas condolências.
“A gente lamenta pelo ser humano que foi, uma pessoa que fez bastante pelo povo
ucraniano. Apesar da divergência de fé, comungamos da mesma cultura, dos mesmos
costumes, dos mesmos cantos, por isso meus sentimentos”, afirmou.
Por Ellen
Miecoanski
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