O cancelamento do Grande Prêmio do Barein no domingo só
iria "fortalecer os extremistas", disse o príncipe herdeiro do país a
repórteres nesta sexta-feira, após violentos protestos pró-democracia para
impor "dias de fúria" durante o evento.

Falando à imprensa no
circuito de Sakhir, ao lado do chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone,
e na frente de equipes de televisão transmitindo ao vivo para os seus países, o
príncipe Salman deixou claro que os pedidos para que a corrida fosse suspensa
seriam ignorados.
"Acho que cancelar a
corrida apenas fortaleceria os extremistas", afirmou.
O governo pretende usar o
Grande Prêmio como uma forma de mostrar que a vida está de volta ao normal após
um movimento pró-democracia ter lançado uma revolta inspirada na Primavera
Árabe no ano passado. Os protestos foram inicialmente reprimidos, mas não foram
eliminados, e manifestações e confrontos são frequentes.
"Para aqueles que
tentam encontrar uma saída para este problema político, realizar a corrida nos
permite construir pontes entre comunidades, fazer as pessoas trabalhar em
conjunto. Permite-nos celebrar a nossa nação. É uma idéia que é positiva, não
divisiva."
O príncipe fez os
comentários após duas das 12 equipes terem dito que seus membros haviam visto
manifestantes e bombas de gasolina no caminho de volta da pista para os hotéis
em Manama.
A equipe Force India
perdeu a segunda sessão de treinos de sexta-feira por razões de segurança, para
que sua equipe pudesse voltar para os seus hotéis com segurança antes do
anoitecer.
Por Alan
Baldwin
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