Casal alemão se
conheceu quando ambos já eram adultos.

Patrick e Susan
em 2007 (Foto: BBC)
Um casal de
irmãos alemães que teve um relacionamento incestuoso e alegou que teria direito
a uma vida em família perdu um processo que movia junto à Corte Europeia de
Direitos Humanos.
A corte afirmou
que a Alemanha estava autorizada a banir o incesto. O caso era inusitado porque
o irmão foi adotado e não conheceu sua irmã biológica até buscar sua família
quando adulto.
Os dois, Patrick
Stuebing e Susan Karolewski, tiveram quatro filhos juntos, dois dos quais
descritos como portadores de deficiência física.
O irmão havia
sido condenado por crime de incesto e cumprido três anos de sentença na
Alemanha.
A corte europeia
reafirmou a decisão da Suprema Corte da Alemanha, determinando que classificar
o incesto como crime não viola o direito fundamental ao 'respeito à vida
privada e familiar', como garantido pela Convenção Europeia dos Direitos
Humanos, informou o site da revista 'Der Spiegel'.
Segundo a
publicação, os sete juízes que examinaram o caso decidiram por unanimidade que
a decisão da Justiça alemã deveria ser respeitada.
'Surpresa'
Em entrevista à BBC em 2007, Patrick contou ter reencontrado a irmã Susan somente aos 23 anos, quando viajou até Leipzig em 2000 para conhecer a sua família biológica.
Depois da morte
da mãe, os dois afirmaram ter se apaixonado.
'Eu não sabia que
tinha um irmão quando era mais nova. Conheci Patrick e fiquei surpresa',
admitiu na época Susan Karolewski, em entrevista à BBC.
Ela disse não
sentir culpa pelo relacionamento incestuoso, e que esperava conseguir mudar a
legislação alemã.
'Só quero viver
com a minha família e ser deixada em paz pelas autoridades e pela Justiça.'
Depois da
decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos, Patrick afirmou que a Justiça
destruiu sua família. Ele agora vive separado da irmã e três de seus filhos
estão sob custódia de outros casais. A criança mais nova vive com a mãe.
BBC
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