O presidente licenciado do Corinthians e atual diretor de
seleções da CBF, Andres Sanchez, por diversas vezes arrancou risos da plateia
que estava na sabatina promovida pela Folha, em parceria com o UOL,
nesta segunda-feira no Teatro Folha.
A primeira risada generalizada do público ocorreu logo no
início da sabatina, quando foi questionado sobre as denúncias contra o
presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
"Não ponho a mão no fogo por ninguém, nem por
mim", disse Sanchez, que contou que ganha R$ 75 mil por mês da CBF.
Eram mais
de cem pessoas no teatro, quatro delas vestindo camisa do Corinthians e três
filmando a sabatina em boa parte do tempo.
O
dirigente respondeu às perguntas de José Henrique Mariante, editor do caderno
"Esporte" da Folha, Mônica Bergamo, colunista da Folha,
Eduardo Scolese, secretário-assistente de redação do jornal, e Ricardo Perrone,
blogueiro do UOL, além de questões da plateia.
Os risos,
aliás, surgiram em grande parte depois de perguntas feitas pelo blogueiro, com
quem Sanchez discutiu algumas vezes.
"Alguns
blogueiros escrevem coisas particulares da minha vida", respondeu o
dirigente. "Mas não vou dar moral para o seu blog", emendou,
arrancando mais risos do público.
Algumas
risadas também vieram depois de brincadeiras do corintiano (como fez questão de
ressaltar em diversos momentos).
Foi assim
quando falou das diferentes formas pelas quais a imprensa, segundo ele, se
refere ao futuro estádio do Corinthians. "Itaquerão, Lulão, Andresão,
Invejão".
Também
fez rir quando disse que chama Ronaldo de gordo, sem tom pejorativo.
Em
relação ao cargo na CBF e a influência nos rumos da Copa-2014, brincou que os
idosos deveriam ter desconto no "meio-churrasco, meia-pizza,
meia-refeição", pois seria mais importante que a meia-entrada para
entrarem nos estádios em dias de jogos.
Andres
também confirmou que gosta de balada e sai com jogadores. "Gosto de
mulher, graças a Deus". E os risos voltaram à plateia.
Leia
abaixo mais trechos da sabatina:
LULA
"A
única coisa que ele fez de forma efetiva foi na projeção do estádio, quando
falaram que ia custar R$ 1 bilhão. Falei para ele [Lula] que não tinha
condições de fazer uma obra assim"
"Ele
[Lula] pegava no pé do Ronaldo. Falava e cornetava o Ronaldo".
"Cada
rodada não, mas que ele cornetava, cornetava. Por ele ter amizade comigo e ser
conselheiro do Corinthians ele falava. Ultimamente ele liga menos, até pelo
problema que ele está passando. Ele corneta pouco".
RELIGIÃO
"Culto,
comigo não vai ter. Não sou contra religião. Acho que os cultos [religiosos]
não atrapalham. Mas sou contra"
CONVOCAÇÃO
"Posso
proibir uma convocação por problema disciplinar. Mas quem convoca é o
treinador"
NEYMAR
"Na
primeira [proposta], eu tinha [vendido]. Não é por negociata como alguns
insinuam. Eu não sei se o jogador vai quebrar uma perna, a mulher vai trair ele
e ele vai enlouquecer. Então, o clube precisa vender"
ITAQUERÃO,
NÃO
"A Folha
insiste em chamar de Itaquerão. Isso atrapalha uma negociação [de naming
rights]. Acho normal a torcida chamar, mas um órgão de imprensa, não. Não tem
prejudicado ainda. Tem muitas coisas caminhando, mas não vou revelar porque tem
eleição sábado".
FOGO
"Eu
não ponho a mão no fogo por ninguém, nem por mim. As pessoas têm de saber o que
fazem. Eu acredito na justiça. Eu ouço falar dele e ninguém prova nada"
CRÍTICAS
"Eu
aceito critica e acho que a construtiva só acrescenta. Não gosto de coisas
pejorativas e pessoais, se eu bebo, se eu fumo. Agora se dizem que contratei
errado, se tomei decisão errada, faz parte do ônus do cargo que eu tive"
PRECONCEITO
"Infelizmente
eu não tenho curso universitário. Por eu não falar português correto, se eu
tiver de ir de bermuda e chinelo eu vou. Infelizmente falam que eu sou baixo
claro e usei o clube para chegar à alta sociedade. Quando era garoto sonhava em
ser presidente do Corinthians. Não imaginava que seria, imagina quantos
chegam."
CORINTHIANS
"O
Corinthians hoje pode ter sete ou oito jogadores com nível de salário europeu.
Mais que isso não"
"O
problema do futebol é empresário. Eles [jogadores] estão no clube desde os sete
anos. Quando decide virar jogador e o clube vai investir vem dois advogados.
Ele [jogador] já acertou com o empresário, que tem acordo com a família lá
atrás. Comprou casa, deu escola, enfim. Aí entra o menino na base. Divido em
pizza [o investimento do jogadore com empresários] porque é assim."
Folha.uolo.com.br

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