
Meia santista
Ganso entrou no segundo tempo do amistoso e
agradou ao técnico Mano Menezes Foto: Mowa Press/Divulgação
Ao iniciar o
trabalho na Seleção, em agosto de 2010, Mano Menezes tinha uma certeza: com a
missão de renovar o grupo, Paulo Henrique Ganso teria papel central na formação
do time para os Jogos Olímpicos de 2012 e para a Copa do Mundo de 2014. Hoje, o
meio-campista ainda disputa vaga entre os titulares a cada amistoso.
Não foi
diferente na vitória por 2 a 1 contra a Bósnia, na última terça-feira. Na
primeira partida do ano olímpico e com idade para disputar os Jogos de Londres,
o jogador começou na reserva do experiente Ronaldinho. Aguardou até os 15min do
segundo tempo e, quando entrou, conseguiu ganhar créditos com Mano: melhorou o
toque de bola e deu mais objetividade ao meio-campo. "A equipe fluiu mais
com o Ganso, ele deu mais continuidade aos lances", resumiu o treinador.
A atual situação
de Ganso no grupo da Seleção Brasileira é reflexo da contusão que sofreu em
2010. Depois de quase nove meses afastado, retornou para a disputa da Copa
América. Teve lampejos nas quatro partidas como titular, mas jogou abaixo do
esperado assim como grande parte do time.
No jogo seguinte
à eliminação, no amistoso contra a Alemanha, começou no banco de reservas,
mesma situação que vivenciou nesta terça-feira. Neste período, ficou fora de
seis partidas após sofrer outra lesão, justamente quando teria mais uma chance
de titular contra Gana, em setembro do ano passado.
"Ganso
passou por um longo período de inatividade. Isso fez com que a retomada fosse
mais lenta. Gradualmente ele foi recuperando sua condição. Hoje está mais leve.
Vai assumindo seu papel e melhorando a confiança. É um dos grandes armadores
que o futebol produziu nos últimos tempos", disse.
No jogo contra
Gana, Ganso pela primeira vez jogava ao lado de Ronaldinho. A contusão sofrida
aos 10min impediu que Mano avaliasse como se comportaria a Seleção com os dois
lado a lado. O treinador ainda tem dúvidas se há espaço no mesmo time para a
dupla.
"Ainda não
tenho essa resposta (se Ronaldinho e Ganso podem jogar juntos). Não temos
parâmetros confiáveis para dizer isso. Minha preferência de escolha é ter um
jogador mais cadenciado e um mais rápido, mais intenso como companheiro, para
jogar com dois meias", desconversou.
É inegável a
melhora de Ganso. O meio-campista vive seu melhor momento desde que voltou de
contusão, fato que provocou estranheza pela preferência por Ronaldinho. O
veterano vem de repetidas atuações apagadas no Flamengo e está muito longe de
ser o jogador que encantou o mundo na década passada.
Para recuperar a
vaga, Ganso pode ter como trunfo o bom entrosamento com Neymar. "Existe um
entrosamento grande entre Neymar e Ganso no Santos.
Quando isso é colocado a
serviço da Seleção, produz efeitos positivos. Isso que queremos dele.
Depositamos muita confiança que isso venha a acontecer nessa proporção",
disse. O Brasil só volta a jogar no dia 26 de maio, contra a Dinamarca em
Hamburgo, na Alemanha.
Fábio de Mello
Castanho
Direto de St.
Gallen (Suíça)
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