Caso ocorreu em Quarto Centenário, no noroeste do estado.
"Estamos tentando vender, mas ninguém quer saber da mercadoria", diz.
"Estamos tentando vender, mas ninguém quer saber da mercadoria", diz.

Para Senhorinha, pelo menos 50% dos 110 caixões ainda têm condições de uso
Uma idosa
de 82 anos, que mora em Quarto Centenário, no noroeste do Paraná, levou um
golpe de um inquilino após alugar um salão comercial. Seis anos depois, ela
afirma não saber o que fazer com os 110 caixões que foram abandonados pelos
antigos locatários.
110 caixões estão armazenados. Foto: Reprodução / RPC TV)
"Estamos
tentando vender para cobrir o prejuízo do aluguel. Eu até ofereci um de graça
para quem comprar tudo de uma vez, mas ninguém quer saber da mercadoria",
brinca Senhorinha Cardoso de Oliveira.
A
história começou em 2006 quando uma família de Foz do Iguaçu, na região oeste,
omitiu que pretendia alugar um espaço para o funcionamento de uma funerária.
"Quando eles nos procuraram, falaram que queriam alugar o salão para
montar um brechó com roupas importadas. Minha mãe achou interessante e fechou o
contrato para um ano de aluguel", conta a filha Cleuza Alves de Oliveira.
Cleuza
explica que foi a partir daí que a confusão começou. "Eles pagaram o
primeiro mês e desapareceram. Quinze dias depois, durante a madrugada,
acordamos com um barulho. Quando fomos ver, eles estavam lotando o salão de
caixões, eu não lembro direito, mas eram aproximadamente 170. Largaram tudo lá e
sumiram denovo. Algum tempo depois voltaram para buscar um pouco, mas ainda
deixaram 110", relata a filha.
Quatro
anos depois, na tentativa de desocupar o salão e recuperar o prejuízo do
aluguel atrasado, a aposentada foi até Foz do Iguaçu para procurar o casal, que
até então estava desaparecido.
"Com
muito custo, minha mãe conseguiu encontrar a família. Eles disseram que a
funerária havia falido e que não tinham como pagar os atrasados e muito menos
retirar os caixões do espaço. Como tinha uma outra família que queria alugar o
salão, nós tiramos os caixões de lá e levamos para uma casa da família",
acrescentou a filha.
"Seis
anos depois ainda não conseguimos nos livrar dos 'benditos' caixões. Pelo menos
metade deles já está deteriorado. O mínimo que nós queremos é recuperar o
prejuízo do aluguel. Depois disso (...) quem quiser pode levar", finaliza
Cleuza.
Por Adriana Justi | G1 do PR

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