A decisão da juíza da 16ª Vara Federal de São
Paulo, Tânia Regina Marangoni, estipula prazo de 30 dias para que o remédio
passe a ser oferecido gratuitamente
A Justiça Federal determinou em decisão publicada
nesta segunda-feira (13) que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a fornecer o
medicamento Alteplase para tratamento de acidente vascular cerebral (AVC)
isquêmico. A decisão da juíza da 16ª Vara Federal de São Paulo, Tânia Regina
Marangoni, estipula prazo de 30 dias para que o remédio passe a ser oferecido
gratuitamente.
O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que
já fez uma consulta pública e irá incluir, em menos de um mês, o processo de
incorporação do Alteplase para tratamento de AVC. Segundo o órgão, o
medicamento começou a ser usado pelo sistema público no ano passado para casos
de infarto agudo do miocárdio.
Na ação que originou a decisão, o Ministério
Público Federal (MPF) disse que vem solicitando desde 2009 explicações do
ministério sobre porque o não é fornecido pela rede pública. Em casos de AVC
isquêmico, quando uma obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o
cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.
O Secretário Nacional de Atenção a Saúde, Helvécio
Magalhães, ressaltou, no entanto, que é necessário um estudo cuidadoso antes de
incluir novos itens na lista de medicamentos do SUS. “Incorporação tecnológica
tem padrões para ser realizada, não pode ser pela pressão do laboratório, da
indústria ou outros interesses. Às vezes um laboratório entra com uma ação
através de um paciente para forçar a incorporação no SUS”.
Segundo Magalhães, com base nas internações do ano
passado, a inclusão do Alteplase entre os medicamentos disponibilizados pela
rede pública poderá atender cerca de 170 mil pessoas. O secretário destacou
ainda que o Ministério da Saúde estima aumentar em R$ 500 milhões até 2014 os
gastos para qualificar o atendimento aos vitimados por AVC. Desse montante, R$
70 milhões serão destinados à compra de medicamentos.
Agência Brasil
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