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quarta-feira, 21 de março de 2012

Paraná tenta diminuir abismo entre o Ninho e a Vila

Pouca utilização das revelações no passado fez com que número de jogadores diminuísse

 http://www.gazetadopovo.com.br/midia_tmp/196--NinhoME.jpg
Foto Divulgação

Mais do que os 25 quilômetros que separam o Ninho da Gralha, em Quatro Barras, da Vila Capane­­ma, a distância estrutural imposta entre os times juvenis e o elenco do Paraná tem sido encarada como o primeiro ajuste de rota que a diretoria tricolor terá de fazer nesta re­­tomada da gestão das categorias de base do clube. Mesmo com a provável redução de custos no complexo esportivo  que deverá enxugar ainda mais o número de atletas alo­­jados  a prioridade dos diri­­gen­tes será desatar o nó que impede a aproximação das duas pontas do ciclo paranista.

O baixo aproveitamento dos jo­­vens no time principal durante o período da parceria acabou se re­­fletindo no esvaziamento do centro de treinamento. Em quatro anos, o clube perdeu cerca de cem garotos considerados como “jo­­vens com potencial”. As revelações foram dispensadas por falta de recursos ou saíram, influenciados por empresários, em busca de me­­lhores oportunidades.
Nomes como o goleiro Rodolfo, hoje no Atlético, e os meias Élvis, que possui contrato com o Benfica, de Portugal, e Vinícius, que está vinculado ao Coritiba, passaram pelo Ninho da Gralha sem deixar nenhum fruto para o clube.

Segundo os treinadores das ca­­tegorias de base, cerca de 20% dos meninos que treinam no Paraná teriam condições de jogar no time profissional e, no futuro, poderiam gerar lucros. No entanto, poucos tiveram chances. “Mesmo com qualidade técnica igual, os dirigentes e os treinadores não da­­vam preferência para jogadores da base. Sempre falei: ‘Ruim por ruim leva os nossos’”, criticou Re­­nê Ber­­nar­­di, sócio da empresa Ba­­se, que administrava o com­­­plexo em parceria com o Tri­­co­­lor – o acordo foi desfeito recentemente.

A falta de uma política de aposta nos garotos trouxe como consequência o jejum de títulos. Mesmo sem levantar um troféu desde 2006, os mandatários da Base decidiram diminuir a participação das equipes infantil e juvenil nos grandes campeonatos. Como justificativa, o medo de perder promessas para os empresários. “Se o menino se destacar, tem 200 empresários querendo levar em­­bora e o clube fica na mão. Decidi não jogar ou ir com o pior time possível”, revelou Bernardi.

Em 2012, com a chegada de Ri­­car­­dinho, o cenário está mudando. No atual elenco profissional, dos 27 jogadores, 8 vieram do Ni­­nho da Gralha.



Por Cícero Bittencourt

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