Novos valores devem ser apresentados na próxima semana ao
governo do estado. Categoria devende subsídio de R$ 4,7 mil ao investigador em
início de carreira
Os policiais civis do Paraná
rejeitaram, na noite desta terça-feira (6), os valores apresentados pelo
governo do estado para a implantação dos subsídios (forma de remuneração que
incorpora as gratificações ao salário). A decisão foi definida em assembleia
realizada pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol). A
categoria deve apresentar uma contraproposta ao governo apenas na semana que
vem.
Uma comissão formada por policiais civis que participaram
da assembleia será responsável por elaborar a tabela que será levada ao governo
do estado. Segundo a assessoria de imprensa do Sinclapol, as bases da nova
oferta defendida pelos policiais foram apresentadas na assembleia e aprovada
pela categoria.
A contraproposta que será formulada pelos policiais civis
deve estabelecer subsídio de R$ 4,7 mil ao investigador de 5ª classe (policial
em início de carreira), R$ 700 a mais que os R$ 4 mil ofertados pelo governo,
na tabela rejeitada pelos policiais. De acordo com a
assessoria de imprensa do Sinclapol, a comissão formada na assembleia deve
apresentar a nova tabela ao governo na semana que vem, provavelmente na
terça-feira (13).
Caso a contraproposta dos policiais seja rejeitada pelo
governo, os policiais civis prometem retomar o indicativo de greve. Para isso,
o Sinclapol terá de reverter no Tribunal de Justiça (TJ-PR) uma liminar
que proibiu que a categoria cruzasse os braços. A greve da Polícia Civil
havia sido aprovada em assembleia realizada pelo sindicato
no dia 15 de fevereiro.
No Norte do estado, uma assembleia foi realizada na
segunda-feira (5), pelo Sindicato dos
Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) ocorreu na
segunda-feira (5). “Eles não aceitaram a proposta, mas também não rejeitaram. O
posicionamento é de indiferença. Os policiais civis querem negociar com o
governo do Paraná”, afirmou o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.
Polícia Militar
Com os novos valores, um policial militar que ingressa na
corporação, por exemplo, terá subsídio inicial de R$ 3.225. Com o tempo, o
salário poderá chegar a R$ 4.838, caso não haja promoção para postos superiores
(cabo, sargento, subtenente). O maior posto da Polícia Militar, que é o de
coronel, terá um valor de subsídio que varia entre R$ 14.354 e R$ 21.531,
conforme o tempo de serviço.
Para o presidente da Amai, coronel Elizeu Furquim, os
pisos apresentados estão distantes do que a classe pede. “Na tabela ideal, o
soldado ingressaria ganhando R$ 4,5 mil, que seria aproximadamente 20% do piso
aplicado para o coronel (R$ 22,5 mil)”, diz. Ele ainda explicou que a classe
gostaria de reduzir a diferença entre os valores do capitão e do primeiro
tenente que, pela nova proposta do governo, ganhariam, respectivamente, um piso
de R$ 12.282 e R$ 8.470. A categoria se reuniu no sábado (3) e também decidiu
que deve continuar negociando com o governo do Paraná.
Segundo o secretário de Estado da Administração e
Previdência, Luiz Eduardo
Sebastiani, os valores propostos pelo governo farão com que a
Polícia Militar do Paraná passe a ter o segundo maior salário entre as
corporações de todo o país, ficando abaixo apenas do Distrito Federal, que
recebe apoio financeiro direto da União.
Por Felippe Aníbal,
Fernanda Leitóles e Vitor Geron
Nenhum comentário:
Postar um comentário