Os ministros das
Finanças da zona do euro concordaram em ampliar a barreira de proteção
monetária do bloco contra crise para um total de 800 bilhões de euros, afirmou
nesta sexta-feira a ministra das Finanças da Áustria, Maria Fekter.
Depois do que
fontes classificaram como discussão acalorada, os 17 países que usam o euro
concordaram com o menor denominador comum, defendido por países como Alemanha,
Finlândia e Holanda, onde a opinião pública é contra mais dinheiro para
resgates, disseram fontes.
O volume
abrangeria 500 bilhões de euros em dinheiro novo através do fundo de resgate
permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM, na sigla em
inglês), além de 200 bilhões já comprometidos sob o atual Fundo Europeu de
Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês).
Outros 53
bilhões de euros viriam de empréstimos bilaterais e mais 49 bilhões de euros em
ajuda da primeira resposta do bloco à crise, conhecida como Mecanismo Europeu
de Estabilização Financeira (EFSM), disse Fekter a repórteres.
Outra fonte da
zona do euro também afirmou que um acordo havia sido alcançado, informando os
mesmos números.
O EFSF tem uma
capacidade total de 440 bilhões de euros e os 240 bilhões ainda não
comprometidos serviriam como uma proteção em caso de emergência nos próximos 15
meses, quando os fundos de resgate temporário e permanente funcionarão em
paralelo, explicou Fekter.
A Comissão
Europeia, a França e várias das maiores economias do mundo pressionam pelo
aumento da capacidade de resgate da zona do euro, na crença de que uma vez que
os investidores virem um muro de dinheiro para dar suporte à dívida da zona do
euro, a confiança retornará e os fundos de resgate nunca terão que ser usados.
A decisão dará à
zona do euro algo para apresentar aos ministros das Finanças das 20 maiores
economias desenvolvidas e em desenvolvimento em abril, em Washington, durante
negociações sobre maiores contribuições globais ao Fundo Monetário
Internacional (FMI).
"Estamos
agora em uma forte posição para as discussões sobre o FMI em abril. É um bom
sinal", disse o ministro das Finanças da França, François Baroin.
Uma capacidade
de resgate da zona do euro mais alta é precondição para que a maioria dos
países do G20 contribua com mais dinheiro ao FMI.
Por Annika
Breidthardt e Paul Carrel
(Reportagem
adicional de Francesca Landini)
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