A China pediu
aos Estados Unidos e à Rússia na segunda-feira para fazerem mais cortes
"drásticos" em seus arsenais nucleares e disse que todos os Estados
com armas atômicas devem pretender não serem os primeiros a usá-las.
O
desenvolvimento de sistemas de defesa com mísseis que pode
"desestabilizar" o estratégico equilíbrio global deve ser abandonado,
afirmou um diplomata chinês de alto escalão na reunião sobre assuntos nucleares
em Viena, em uma possível referência aos planos dos EUA que enfureceram a
Rússia.
De acordo com um
tratado que entrou em vigor em fevereiro de 2011, os governos de Washington e
Moscou devem limitar o número de ogivas nucleares em operação para 1.550 - 30
por cento a menos do que o teto estabelecido em um pacto em 2002.
Mas eles ainda
detêm a maior parte das armas nucleares do mundo - um fato que o representante
chinês destacou no dia de abertura da reunião de duas semanas, em Viena, para
discutir o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), de 1970.
China,
Grã-Bretanha e França são outros três Estados com armas nucleares reconhecidos
no mundo.
O embaixador
Cheng Jingye, chefe da delegação chinesa, disse que todos os Estados com armas
nucleares devem publicamente prometer "que não buscarão ter posse
permanente" de bombas atômicas.
"Enquanto
países com os maiores arsenais nucleares, os EUA e a Rússia devem continuar a
fazer reduções drásticas em seus arsenais de forma verificável e
irreversível", afirmou, de acordo com uma cópia da declaração.
A China guarda
rigidamente informações sobre o seu arsenal nuclear. Entretanto, o Departamento
de Defesa norte-americano afirmou que a China tem aproximadamente de 130 a 195
de mísseis balísticos com capacidade nuclear instalada.
Por Fredrik Dahl
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