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sábado, 14 de abril de 2012

Conselho de Segurança da ONU aprova envio de monitores à Síria

A Rússia e a China se juntaram neste sábado ao restante do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para autorizar o envio de até 30 observadores desarmados à Síria para monitorar o frágil cessar-fogo no país, pedido pelo mediador da crise pela ONU e a Liga Árabe, Kofi Annan. 
 
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É a primeira resolução que o conselho, composto por 15 nações, aprova desde o início das revoltas contra o governo na Síria, há 13 meses. Por duas vezes, Moscou e Pequim vetaram resoluções do conselho que condenavam os ataques do presidente sírio, Bashar al-Assad, contra manifestantes, ações que resultaram em milhares de mortes de civis.

Apesar da votação unânime deste sábado, não houve sinais de que as divisões no Conselho de Segurança que o impediram de tomar ações sobre a crise foram superadas.

Aliada e fornecedora de armas da Síria, a Rússia se mostrou satisfeita com o esboço da resolução, embora o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, tenha deixado claro que havia limites para os tipos de ação que Moscou apoiaria.
"Por respeito à soberania da Síria, alertamos contra tentativas destrutivas de interferência externa ou imposição de qualquer tipo de armações ilusórias", afirmou.

A Rússia acusou os EUA e a Europa de se aproveitarem de uma ordem da ONU de proteger civis na Líbia para engajar a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em uma "mudança de regime". A Rússia se absteve de uma votação em março de 2011 e permitiu que uma resolução do conselho autorizando "todas as medidas necessárias" para proteger civis fosse aprovada.
O embaixador francês na ONU, Gerard Araud, afirmou que a nova unidade do conselho pode não ser permanente. "Nosso consenso é frágil", disse.

Antes de concordar em apoiar o que era originalmente um texto feito pelos EUA, a Rússia exigiu que as delegações norte-americana e europeia diluíssem a resolução para que não "exigisse" que a Síria concorde com o texto. A resolução aprovada usa linguagem mais sutil e apenas "pede" à Síria que a implemente.
Churkin também exigiu que o conselho exorte a oposição síria a mudar o seu comportamento.

A resolução aprovada diz que o conselho "condena as disseminadas violações dos direitos humanos por parte das autoridades sírias, assim como qualquer abuso dos direitos humanos por grupos armados, lembrando que aqueles que cometerem tais atos podem ser responsabilizados".

Ela pede que "todas as partes, incluindo a oposição, cessem imediatamente com toda forma de violência armada".

O texto também inclui um vago alerta a Damasco, dizendo que o conselho pode "avaliar a implementação da resolução e considerar novos passos caso sejam apropriados".



Por Louis Charbonneau
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