Segundo o Ministério da Saúde, até o
fim do ano o número de hospitais credenciados no país passará de 65 para 95
Paraná e Roraima são os únicos estados
que ainda não possuem hospital qualificado pelo Ministério da Saúde para
realizar interrupção da gravidez de fetos anencéfalos. O governo federal
promete que esses estados terão unidades autorizadas a realizar o procedimento
até o final do ano. “Mas ainda não há uma estimativa de quantos hospitais
possam ser qualificados”, informou a assessoria de imprensa do ministério.
A falta de locais qualificados não
impede, porém, que o procedimento seja realizado no Paraná. O Ministério da
Saúde afirma que o procedimento é simples e que qualquer hospital do Sistema
Único de Saúde (SUS) pode realizar. “O gestor local, que é a Secretaria
Estadual de Saúde, é que terá que dar suporte, já que o aborto de fetos
anencéfalos está previsto em lei, assim como em caso de violência sexual”,
explica a assessoria.
A diferença é que, quando realizado em
um hospital qualificado pelo Ministério da Saúde, a gestante terá atendimento
de pelo menos um assistente social e um psicólogo.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)
informou que enquanto não existir uma unidade qualificada, será indicado outro
local para a realização do procedimento. Quando o Ministério de Saúde emitir a
qualificação, este será o hospital de referência.
Atualmente, o país possui 65 hospitais
da rede pública qualificados para realizar o procedimento. O Ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, informou nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro, que SUS
vai ampliar a quantidade de hospitais capacitados para fazer abortos legais,
incluindo de fetos com anencefalia (malformação do tubo neural, do cérebro).
“Hoje, temos 65 hospitais credenciados
pelo Ministério da Saúde para fazer o aborto legal, ou seja, que a Justiça
autoriza. E temos mais 30 hospitais sendo qualificados para isso. Nossa meta é
que, até o fim do ano, tenhamos 95 hospitais preparados em todo o país para
esse serviço”.
Padilha lembrou que a Rede Cegonha,
programa do governo federal de atenção à gestantes e bebês, vai contribuir para
identificar a situação de anencefalia durante o pré-natal e diminuir riscos
para as mães.
Planos de saúde
Os planos de saúde, segundo informou a
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), também estão autorizados a
realizar abortos autorizados por lei, como em casos de estupro e de
anencefalia. “Qualquer aborto, desde que previsto em lei, está incluso no rol
dos procedimentos contemplados pelos planos de saúde”, esclarece o órgão.
Número de hospitais já qualificados pelo Ministério da Saúde
Acre - 2
Alagoas - 1
Amazonas - 3
Amapá - 1
Bahia - 1
Ceará - 9
Distrito Federal - 1
Espírito Santo - 1
Goiás - 1
Maranhão - 4
Minas Gerais - 5
Mato Grosso - 3
Mato Grosso do Sul - 1
Pará - 2
Paraná - 0
Paraíba - 1
Pernambuco - 5
Piauí - 2
Rio de Janeiro - 1
Rondônia - 2
Rio Grande do Sul - 4
Rio Grande do Norte - 1
Roraima - 0
Santa Catarina - 1
Sergipe - 1
São Paulo - 11
Tocantins - 1
Alagoas - 1
Amazonas - 3
Amapá - 1
Bahia - 1
Ceará - 9
Distrito Federal - 1
Espírito Santo - 1
Goiás - 1
Maranhão - 4
Minas Gerais - 5
Mato Grosso - 3
Mato Grosso do Sul - 1
Pará - 2
Paraná - 0
Paraíba - 1
Pernambuco - 5
Piauí - 2
Rio de Janeiro - 1
Rondônia - 2
Rio Grande do Sul - 4
Rio Grande do Norte - 1
Roraima - 0
Santa Catarina - 1
Sergipe - 1
São Paulo - 11
Tocantins - 1
Por Diego
Antonelli
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