Apesar das negociações com o Atlético estarem encerradas,
vice-presidente Luís Carlos Casagrande diz que o Tricolor precisa de dinheiro

Jogador Luisinho observa
orientações do técnico Ricardinho durante treinamento na Vila Capanema:
Tricolor faz jogo decisivo, amanhã, contra o Ceará
A polêmica do aluguel da Vila Capanema ao Atlético para a disputa de partidas
da Série B do Brasileirão está presente até mesmo na cúpula paranista. O
discurso oficial do Tricolor é de que as negociações entre os clubes estão
encerradas, com a decisão final de não dividir o estádio com o Furacão. Porém
uma declaração dada ontem pelo vice-presidente do Paraná, Luís Carlos Casagrande,
reacendeu o caso.
“Eu, como torcedor, vou bater palma se não tiver jogo do Atlético
aqui [na Vila Capanema]. Agora, como dirigente, tenho de pensar no clube. E
precisamos de dinheiro”, disse.
Casagrande também enviou um recado ao Rubro-Negro: “Se o Atlético
aceitar a proposta, vem jogar como jogou no Campeonato Paranaense e será
aceito. Desde que também o nariz fique um pouco menos empinado”.
Para o presidente do Paraná, Rubens Bohlen, a possibilidade de
alugar o estádio ao rival está totalmente descartada, mesmo que isso impeça um
reforço ao cofre tricolor. Atualmente, pelo Estadual, o Rubro-Negro aluga a
Vila Capanema ao preço de R$ 50 mil por partida. “Não vai ter jogo do Atlético
em nosso estádio pela Série B. Isso está fora de cogitação”, afirmou. Segundo
ele, o ponto final para as negociações foi dado pelo presidente atleticano
Mario Celso Petraglia.
No dia 4 deste mês, durante sessão da Câmara dos Vereadores, o
mandatário atleticano afirmou que o Paraná cobrou R$ 75 mil por partida a ser
disputada na Vila Capanema. Como seriam 19 jogos, o custo total chegaria a R$
1,425 milhão e, segundo ele, a exigência tricolor era pelo pagamento adiantado.
Nenhum desses valores é confirmado pelos paranistas, que se irritaram com a
postura de Petraglia em expor o caso, já que antes disso vinham procurando um
acerto em conversas com os dirigentes do Atlético Mauro Holzmann e Dagoberto
dos Santos.
“O presidente do Atlético foi lá na Câmara e falou de um assunto
que estava em tratativa”, criticou o superintendente de futebol do Paraná,
Celso Bittencourt, que também descartou o aluguel. Como justificativas, ele
apontou o desgaste do gramado e o fato de o Rubro-Negro ser um adversário
direto na competição.
Dentro da Vila Capanema a diretoria paranista corre contra o
tempo para poder aumentar a capacidade do estádio. Ontem foram finalizadas as
instalações de oito novas câmeras de segurança no estádio, que passaria a ter
12 pontos de monitoramento – número mínimo exigido pela CBF para que a praça
esportiva possa receber 17 mil pessoas em vez de 10 mil. Hoje a Polícia Militar
deve realizar uma vistoria no local para avaliar a liberação da nova
capacidade.
Reforço
O Paraná confirmou ontem mais um reforço para a temporada. O
zagueiro Marquinhos, de 29
anos, estava no Botafogo-SP e assinou contrato com o Tricolor até o fim do
Estadual de 2013. O defensor de 1,94 m tem passagens pelo Atlético-MG e pelo
futebol turco. Marquinhos foi revelado pelo Corinthians, onde viveu um dos
episódios mais marcantes da sua carreira, trocando socos com o argentino Tevez
durante um treino em 2005.
Por Ciro Campos
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