A
Federação Paulista de Futebol (FPF) indicou um nome não revelado para concorrer
com Zagallo à vaga de vice-presidente da CBF para região Sudeste, iniciando uma
nova polêmica na briga pelo poder dentro da Confederação Brasileira de Futebol
após a renúncia de Ricardo Teixeira.
O
anúncio de que São Paulo vai ter um nome na corrida foi feito pelo presidente
da CBF, José Maria Marin, ex-vice-presidente do Sudeste e que é ligado à FPF.
Marin assumiu a presidência após a renúncia de Teixeira, em março.
O
nome do indicado paulista foi guardado em segredo. Presidentes de federações
estaduais, tanto as que apoiam como as de oposição a Marin, disseram não
conhecer o nome e garantiram que ele não foi apresentado na assembleia da CBF
nesta segunda-feira.
Zagallo,
quatro vezes campeão do mundo como jogador, técnico e coordenador da seleção
brasileira, foi indicado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
"Recebi
a indicação do Rubens Lopes (presidente da Federação do Rio de Janeiro) e a
paulista fez outra indicação", disse Marin a jornalistas após a
assembleia.
"Absolutamente
não teve um nome. Não era matéria da assembleia e não foi apresentado nenhum
nome", disse o presidente da Federação de Santa Catarina, Delfim de Pádua
Peixoto, que presidiu a assembleia da CBF.
A
vaga de vice da região Sudeste está aberta desde que Marin assumiu a CBF no
lugar de Ricardo Teixeira. Um acordo tácito entre Rio e São Paulo estipulava
que agora seria a vez carioca de indicar o novo vice.
O
nome de Zagallo apareceu na semana passada, e, às vésperas de fazer 81 anos,
ele poderia assumir a presidência da CBF numa eventual saída de Marin. O
estatuto da CBF determina que o vice mais velho assume a presidência em caso de
renúncia do presidente.
"O
Zagallo reúne todas as condições necessárias para representar o Brasil. Tem
respeito, credibilidade e correção... mas as duas entidades (RJ e SP) têm o
direito de fazer a indicação", avaliou Marin.
Na
assembleia, os presidentes de federações aprovaram por unanimidade a indicação
de Ricardo Teixeira como patrono da CBF. O dirigente deixou a entidade, que
comandava desde 1989, após uma série de denúncias de irregularidades.
Por
Rodrigo Viga Gaier
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