Pesquisadores descobriram que ossos
descobertos em Cruzeiro do Oeste e guardados na UEPG são do réptil voador.
Geólogos encontraram outros ossos no local e prefeitura vai isolar área para
escavações

O caso chegou às mãos dos geólogos
Paulo Cesar Manzing e Luiz Carlos Weinschutz, do Centro Paleontológico da
Universidade do Contestado (Cenpáleo), em Mafra, uma das mais respeitadas
instituições brasileiras no estudo da paleontologia. Os pesquisadores foram
atrás da origem dos ossos, descobrindo vários outros no mesmo local, na zona
rural de Cruzeiro do Oeste.
Toda a história está detalhada com
textos e fotos no livro Museus e Fósseis da Região Sul do Brasil, lançado na
quarta-feira (18) em Mafra e escrito por Manzing e Weinschutz. Sob o ponto de
vista da ciência, a descoberta pode mudar teorias a respeito da vida dos
pterossauros.
“Essa espécie vivia no litoral. Todos os ossos encontrados até hoje no mundo sempre estavam perto do mar. No Brasil, há amostras no Ceará, no Nordeste”, disse o produtor cultural e responsável pelo projeto do livro, Marcelo Miguel. “Pela primeira vez na história da ciência, foram encontrados ossos de pterossauros longe do mar e isso vai mudar conceitos”.
“Essa espécie vivia no litoral. Todos os ossos encontrados até hoje no mundo sempre estavam perto do mar. No Brasil, há amostras no Ceará, no Nordeste”, disse o produtor cultural e responsável pelo projeto do livro, Marcelo Miguel. “Pela primeira vez na história da ciência, foram encontrados ossos de pterossauros longe do mar e isso vai mudar conceitos”.
A reportagem não conseguiu falar com os
autores do livro e da descoberta. O lançamento da obra no Paraná será na
quarta-feira (25), em Cruzeiro do Oeste, com a presença de vários pesquisadores
da área e autoridades.
O livro Museus e Fósseis da Região Sul
do Brasil, produzido com recursos da Lei Rouanet, apresenta um grande registro
dos acervos de fósseis das principais instituições do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, acompanhado de pesquisas do Cenpáleo. A obra tem imagens em
3D e o livro já vem com óculos especiais para a visualização.
O grande trunfo do livro foi a
divulgação da descoberta dos fósseis de pterossauros na cidade paranaense de
Cruzeiro do Oeste. Os pesquisadores dizem que é o primeiro pteurossauro
paranaense. A obra será distribuída gratuitamente para as universidades
brasileiras.
Pesquisadores catarinenses comprovaram
que fósseis encontrados há quase 40 anos na cidade de Cruzeiro do Oeste, no
Noroeste do Paraná, são de pterossauros. Os répteis voadores viveram na Terra
há 100 milhões de anos, na mesma época dos dinossauros. A descoberta foi
anunciada na noite de quinta-feira (19), em Mafra, Santa Catarina.
Os ossos foram encontrados em 1975
pelos agricultores João Gustavo Dobruski, 63 anos, e pelo pai dele, Alexandre
Gustavo Dobruski, já falecido. O material passou quase 40 anos guardado na
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), sob análises. No início, ninguém
desconfiava de que eram ossos de pterossauros.
Prefeitura vai isolar área para pesquisas
A Prefeitura de
Cruzeiro do Oeste vai isolar a área em que os ossos foram
encontrados e assinar, na quarta-feira (25), o decreto que cria o Sítio Paleontológico de Cruzeiro do Oeste.
Segundo informações do chefe de gabinete, Wilson Gomes do Nascimento, a
intenção é encontrar uma universidade interessada em tomar conta do sítio e
buscar recursos para se iniciar novos estudos e escavações.
Por Fábio
Guillen
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