Anders Behring Breivik é acusado de massacre que deixou 77 mortos.
Em julgamento, ele disse que não reconhece autoridade da Corte.
Em julgamento, ele disse que não reconhece autoridade da Corte.
Reprodução da TV.
O homem de extrema direita acusado de ser o autor de um massacre com
bombas e tiros que deixou 77 mortos na Noruega admitiu nesta segunda-feira
(16), diante do júri, que cometeu os atos, embora tenha alegado que não é
culpado das acusações criminais por ter agido sob legítima defesa.
Anders Behring Breivik rejeitou a autoridade da Corte que o julga pelos
crimes de 22 de julho do ano passado. Ele está preso desde aquele dia, após
matar 8 pessoas em um atentado a bomba contra o prédio do governo no centro da
capital e, a tiros, mais 69 jovens que estavam reunidos na ilha de Utoeya.
Usando um terno preto e barba fina, Anders sorriu quando os guardas
retiraram suas algemas na sala lotada. O homem de 33 anos cumprimentou os
promotores e autoridades da Corte.
"Eu não reconheço as Cortes norueguesas porque vocês recebem seu
mandato dos partidos políticos da Noruega que apoiam o multiculturalismo"
- foram suas primeiras palavras no julgamento. Se condenado, ele poderá pegar a
pena máxima de 21 anos de prisão - ou um acordo de custódia alternativo em que a
sentença se prolonga por tanto tempo quanto um preso é considerado um perigo
para a sociedade.

Anders Behring Breivik chega ao tribunal em
Oslo, Noruega.
(Foto: Hakon
Mosvold Larsen / Pool / AP Photo)
Ele permaneceu com uma feição impassível quando o promotor Inga Bejer
Engh leu as acusações de terrorismo e homicídio premeditado, com descrições de
como cada vítima morreu. Oito foram mortos em um bombardeio no distrito de Oslo
do governo e 69 em um massacre de tiro no acampamento da juventude do Partido Trabalhista
de esquerda em Utoya, uma ilha fora da capital.
"Admito os atos, mas não a culpa criminosa", disse no
tribunal, e disse que agiu em legítima defesa.
Anders também disse que não reconhece a autoridade da juiza Wenche Elisabeth
Arntzen, porque ele disse que ela é amiga da irmã do ex-primeiro-ministro
norueguês e líder do Partido Trabalhista Gro Harlem Brundtland.
Segundo um repórter da agência France Presse, ele teria ficado
emocionado ao assistir à projeção do filme de 12 minutos que divulgou on-line
no dia de seus ataques.
Com o rosto corado de emoção, Breivik derramou lágrimas durante a
projeção em tela grande do filme, que inclui, sobretudo, fotos e desenhos de
fundamentalistas muçulmanos.
O militante anti-islêmico descreveu a si mesmo como escritor,
trabalhando atualmente da prisão, quando questionado pelo juiz por sua situação
de emprego. Ele disse que os ataques eram necessários para proteger a Noruega
de ser tomada pelos muçulmanos. Ele afirma que tinha como alvo a sede do
governo em Oslo e o acampamento de jovens para atingir as forças políticas de
esquerda, quem ele culpa por permitir a imigração na Noruega.
Defesa
Embora haja um princípio de legítima defesa preventiva na lei norueguesa, ele não se aplica ao caso de Anders, disse Jarl Borgvin Doerre, um jurista, que escreveu um livro sobre o conceito. "É óbvio que não tem nada a ver com legítima defesa preventiva", Doerre disse à agência de notícias Associated Press.
Embora haja um princípio de legítima defesa preventiva na lei norueguesa, ele não se aplica ao caso de Anders, disse Jarl Borgvin Doerre, um jurista, que escreveu um livro sobre o conceito. "É óbvio que não tem nada a ver com legítima defesa preventiva", Doerre disse à agência de notícias Associated Press.
A questão crucial a ser resolvida durante o julgamento de 10 semanas é o
estado mental de Anders, que vai decidir se ele será mandado para a prisão ou
para tratamento psiquiátrico.
Associated Press
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