A Organização das Nações
Unidas emitiu 4,1 milhões de créditos de carbono na sexta-feira para um projeto
de reflorestamento no Brasil, o que fez dele o primeiro projeto florestal no
mundo a receber Certificados de Reduções de Emissões temporários (tCERs, em
inglês), informou o Banco Mundial.
O Fundo BioCarbon, um fundo público-privado administrado pelo
Banco Mundial, vai comprar os créditos de carbono em nome de seus
participantes, que incluem alguns governos europeus e grandes companhias
emissoras de gases estufa em países como Japão.
Certificados de Reduções de Emissões temporários são emitidos
a participantes em projetos de reflorestamento enquadrados sob o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (CDM, em inglês) da ONU para representar a não
permanência desses tipos de atividades.
Há pouca demanda por esses créditos devido ao fato de
expirarem no fim do período de compromisso de Kyoto no qual foram emitidos e
precisarem ser substituídos no registro do UNFCC (Diretrizes para a Convenção
sobre Mudança Climática as Nações Unidas) por outros créditos.
O projeto Plantar gera CERs para reduções de emissões
produzidas a partir do corte no uso de combustíveis fósseis na indústria de
ferro e aço do Brasil e com o uso de plantações de eucalipto como escoadouros
de carbono.
O projeto de reflorestamento, que tem sido apoiado por fundos
do Banco Mundial desde 2001, enfrentou uma longa jornada antes de alcançar a
fase de emissão de certificados.
"Temos trabalhado com o grupo Plantar por uma década e o
fato de que eles são a primeira companhia no mundo a gerar tCERs é um
testumunho à inovação e dedicação deles", disse Joelle Chassard, do Banco
Mundial.
Após vários atrasos no processo de registro junto ao CDM, o
projeto recebeu aprovação da ONU em setembro de 2010.
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