Criança que recebeu ácido em vez de sedativo não corre risco, diz hospital

Ela está internado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.
Técnica de enfermagem responsável pela troca de medicação foi afastada.

 

Médico durante a coletiva no Hospital Felício Rocho
(Foto: Alex Araujo/G1 MG)

A criança de dois anos que recebeu ácido em vez de sedativo no Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, está em estado estável e não corre risco de morte. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pela coordenação da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Pediátrica do Hospital Felício Rocho, para onde o menino foi transferido.

Segundo o coordenador da UTI pediátrica, Waldemar Henrique Fernal, a criança dormiu bem e está sendo tratada com analgésicos para não sentir dor. O menino está com inflamação na boca, na garganta e no esôfago causada pela ingestão do ácido.

Fernal informou que, na manhã desta quarta-feira (11), o menino passou por uma cirurgia, que é uma inspeção visual por meio de uma sonda, para saber o comprometimento do estômago. Ele deve ficar internado por cerca de duas semanas.

O pai da criança, Rogério de Matos Novais, disse que nunca esperava que isso podia acontecer com o filho dentro de um hospital. "A sorte é que cuspiu e não engoliu o remédio todo”, disse.

A direção do São Camilo, hospital onde houve a ingestão do ácido, informou nesta terça-feira (10) que reconhece e lamenta o erro ocorrido. O hospital também disse que a técnica de enfermagem responsável pela troca de medicação foi afastada temporariamente.

De acordo com o diretor do São Camilo, o médico José Guerra, a criança deu entrada na unidade na noite de domingo (8) porque teria batido a cabeça em casa. A equipe que atendeu o garoto indicou que fosse feita uma tomografia. Segundo Guerra, para que o exame seja realizado é necessário que o paciente tome um sedativo. Entretanto, no lugar deste medicamento, a técnica de enfermagem teria dado um ácido para a criança.

O diretor do Hospital São Camilo também informou que a criança sofreu queimadura na boca, o que provoca dificuldades na alimentação. Segundo o médico, ela foi transferida para que recebesse um tratamento mais especializado.

Por Alex Araújo