Laudo do IML de Cuiabá confirmou que bebê morreu logo
após o parto.
Mãe do bebê já está presa e vai responder por homicídio simples.
Mãe do bebê já está presa e vai responder por homicídio simples.

IML confirmou que mãe jogou bebê, ainda vivo, no lixo do banheiro
(Foto:
Ericksen Vital/G1)
O bebê recém-nascido encontrado morto dentro de uma
lixeira do hospital São Lucas, na cidade de Várzea Grande, região metropolitana
de Cuiabá, realmente nasceu vivo. A informação é do Instituto Médico Legal
(IML) de Cuiabá, que confirmou ao G1 que o bebê
nasceu com vida, pesando 2,6 quilos e após aproximadamente sete meses de
gestação. A causa da morte, conforme laudo do IML, foi insuficiência
respiratória.
O exame apontou que o bebê ainda respirou antes de
morrer, dentro do lixo que estava cheio de produtos infectantes. Segundo a
Polícia Civil, a mãe do bebê já foi presa e indiciada por homicídio simples. A
suspeita confessou o crime à polícia e foi encaminhada para o Presídio
Feminino, logo após receber alta do hospital na manhã desta terça-feira (10).
"A jovem estava desesperada. Penso na confusão na
cabeça dela temendo a reação da mãe e do namorado", afirmou ao G1 o médico
Marcos Antônio de Moraes, que atendeu a paciente. Ele contou que a jovem de 19
anos alegava sentir fortes dores renais e disse ainda que ficou surpreso ao saber
da morte do bebê. “Ela acabou destruindo duas vidas”, declarou.
Segundo o médico, a jovem entrou na unidade acompanhada
da mãe, por volta das 8h30 desta segunda-feira (9), alegando sentir fortes
dores renais. O médico Marcos Antônio afirmou que ela apresentava quadro de
hipertensão, inchaço e dificuldade para urinar. O médico afirmou ainda que
estranhou o fato de a jovem não deixar tocá-la para os exames de rotina.
Jovem não quis exame
A princípio, de acordo com o médico, a jovem apresentava sinais de cólica renal e foi encaminhada para receber tratamento clínico. A jovem foi internada no setor de enfermagem do hospital. Ainda conforme o médico, foi pedido a realização de uma ultrassonografia para comprovar o que estava causando a dor renal. No entanto, a jovem demonstrou não querer fazer o exame. O médico disse que o exame foi marcado para depois das 17h, mas por volta das 16h30 uma funcionária da limpeza achou o bebê morto dentro do lixo, após muitas pacientes reclamarem do mal cheio no quarto vindo do banheiro.
A princípio, de acordo com o médico, a jovem apresentava sinais de cólica renal e foi encaminhada para receber tratamento clínico. A jovem foi internada no setor de enfermagem do hospital. Ainda conforme o médico, foi pedido a realização de uma ultrassonografia para comprovar o que estava causando a dor renal. No entanto, a jovem demonstrou não querer fazer o exame. O médico disse que o exame foi marcado para depois das 17h, mas por volta das 16h30 uma funcionária da limpeza achou o bebê morto dentro do lixo, após muitas pacientes reclamarem do mal cheio no quarto vindo do banheiro.

Médico disse que jovem inicialmente negou que
estivesse grávida (Foto: Ericksen Vital / G1)
estivesse grávida (Foto: Ericksen Vital / G1)
A seguir, a direção do hospital chamou a polícia. De
acordo com o médico, a jovem negou inicialmente que fosse a mãe do bebê. Ela
disse, inclusive, que nem estava grávida. No entanto, após muitas conversas, a
jovem relatou que realmente foi até o banheiro e deu à luz o bebê
espontaneamente. “Ela estava com medo. Ela é uma jovem simples, tem muito medo
da mãe, tem um namorado de apenas três meses, mas já possuía sete meses de
gestação”, ponderou o médico Marcos Antônio, o primeiro a ouvir a jovem
confirmar que era a mãe do bebê.
Outras pessoas que viram o bebê morto também ficaram
indignadas com o ocorrido. “É muito triste. Não sei se eu tinha raiva ou pena
da mãe. Foi muito difícil”, declarou a administradora do hospital, Elza Maria
dos Santos Ferreira Ortis, de 58 anos. Em quase 30 anos de carreira, ele disse
que nunca viu um caso igual. Ela contou que, por também ser mãe, teve até
dificuldades para dormir devido à história.
Estado mental normal
De acordo com a delegada da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Sílvia Pauluzi, que acompanha o caso, a mãe da criança contou em depoimento que não sabia que estava grávida. Além disso, a delegada informou que a mãe da criança foi submetida a uma avaliação psiquiátrica no IML, que atestou que a jovem estava com estado psiquiátrico considerado normal.
Estado mental normal
De acordo com a delegada da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Sílvia Pauluzi, que acompanha o caso, a mãe da criança contou em depoimento que não sabia que estava grávida. Além disso, a delegada informou que a mãe da criança foi submetida a uma avaliação psiquiátrica no IML, que atestou que a jovem estava com estado psiquiátrico considerado normal.
Por Ericksen Vital
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