Jovem se
assustou e deverá ser indenizada por danos morais em R$ 5 mil.
'Tal método de ensino é altamente questionável', declara desembargador.
'Tal método de ensino é altamente questionável', declara desembargador.
A 7ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Rio condenou o Colégio e Curso Intellectus a
pagar indenização de R$ 5 mil, por danos morais, a uma aluna do ensino
fundamental. A jovem levou um susto quando uma professora, durante a aula,
atirou seu tamanco na direção dos alunos. Segundo o TJ informou na nesta
quarta-feira (11), os desembargadores entenderam que o comportamento da
professora foi incompatível com o ofício de ensinar.
O advogado
Rodrigo do Nascimento Lemgruber, que representa o colégio, se declarou surpreso
com a decisão, uma vez que, na primeira instância, o colégio foi absolvido com
parecer favorável do Ministério Público. Ele disse que aguarda ter acesso ao
teor da decisão dos desembargadores para estudar a possibildade de elaborar um
recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a defesa
do colégio, a professora apenas tentava manter a turma em ordem, e não teve a
intenção de agredir ou constranger qualquer aluno. Ela teria apenas proposto
uma brincadeira.
Em decisão
unânime, os desembargadores entenderam que houve falha na prestação do serviço,
e que a atitude da professora poderia estimular os alunos a um comportamento
violento, não admitido pela sociedade.
“Parece-me que
tal método de ensino é altamente questionável em se tratando de crianças entre
10 e 11 anos de idade, pois o resultado será uma verdadeira algazarra, uma
extensão do recreio, sem qualquer proveito educacional. Ou então, em caso de
crianças introvertidas, terá o efeito inverso, de desestimular a participação
em sala de aula”, disse o desembargador relator Luciano Rinaldi na decisão.
O magistrado
também lembrou da importância dos educadores e das dificuldades impostas aos
profissionais da área, mas ressaltou que o bom professor é aquele que consegue
a atenção dos alunos transformando as aulas numa experiência educacional
prazerosa.
A professora
teve seu contrato de trabalho rescindido pelo colégio, segundo o Tribunal de
Justiça.
G1 do RJ
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