quarta-feira, 4 de abril de 2012

França prende 10 suspeitos de atividade islâmica radical

A polícia prendeu 10 militantes islâmicos suspeitos em ações na França durante a madrugada desta quarta-feira, após um tiroteio promovido por um atirador inspirado na Al Qaeda forçar o presidente Nicolas Sarkozy ordenar uma operação de segurança pouco antes das eleições de 22 de abril.

 Suspeito é detido pela polícia na cidade de Roubaix, ao norte do país
Foto: AFP
  
O serviço de inteligência doméstico, apoiado por comandos da polícia de elite, fez prisões nas cidades de Marselha e Valença, no sul do país, em duas cidades pequenas no sudoeste e na cidade de Roubaix, no nordeste francês, informou a polícia.

O ministro do Interior, Claude Gueant, prometeu que não haverá sossego na busca por militantes na França. "A pressão sobre radicais islâmicos e a ameaça que eles representam não irão parar", disse.

As incursões, que aconteceram após a prisão de 19 suspeitos na sexta-feira, vieram 13 dias depois de francoatiradores da polícia matarem Mohamed Merah, que matou três crianças judias, um rabino e três soldados em uma onda de ataques em Toulouse.

"Os presos têm um perfil semelhante ao de Mohamed Merah", afirmou uma fonte da polícia local. "Eles são indivíduos isolados que são autorradicalizados."

A fonte acrescentou que os suspeitos foram encontrados em fóruns islâmicos expressando visões extremistas e disse que estavam preparando viagens para lugares como Afeganistão, Paquistão e o cinturão do Sahel, na África Oriental, para bancar a Jihad (guerra sagrada). Alguns dos presos já haviam visitado essas regiões e retornado à França, afirmou a fonte.

Sarkozy, que enfrenta uma tarefa árdua para ser reeleito nas eleições de abril e maio, jurou arrancar qualquer forma de militância após o massacre promovido por Merah.




Por John Irish e Marine Pennetier
(Reportagem adicional de Nicolas Bertin)
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