A polícia prendeu 10 militantes islâmicos suspeitos em
ações na França durante a madrugada desta quarta-feira, após um tiroteio
promovido por um atirador inspirado na Al Qaeda forçar o presidente Nicolas
Sarkozy ordenar uma operação de segurança pouco antes das eleições de 22 de
abril.
Suspeito é detido pela polícia na cidade de Roubaix, ao norte do país
Foto: AFP
Foto: AFP
O serviço de inteligência
doméstico, apoiado por comandos da polícia de elite, fez prisões nas cidades de
Marselha e Valença, no sul do país, em duas cidades pequenas no sudoeste e na
cidade de Roubaix, no nordeste francês, informou a polícia.
O ministro do Interior,
Claude Gueant, prometeu que não haverá sossego na busca por militantes na
França. "A pressão sobre radicais islâmicos e a ameaça que eles
representam não irão parar", disse.
As incursões, que
aconteceram após a prisão de 19 suspeitos na sexta-feira, vieram 13 dias depois
de francoatiradores da polícia matarem Mohamed Merah, que matou três crianças
judias, um rabino e três soldados em uma onda de ataques em Toulouse.
"Os presos têm um
perfil semelhante ao de Mohamed Merah", afirmou uma fonte da polícia
local. "Eles são indivíduos isolados que são autorradicalizados."
A fonte acrescentou que os
suspeitos foram encontrados em fóruns islâmicos expressando visões extremistas
e disse que estavam preparando viagens para lugares como Afeganistão, Paquistão
e o cinturão do Sahel, na África Oriental, para bancar a Jihad (guerra
sagrada). Alguns dos presos já haviam visitado essas regiões e retornado à
França, afirmou a fonte.
Sarkozy, que enfrenta uma
tarefa árdua para ser reeleito nas eleições de abril e maio, jurou arrancar
qualquer forma de militância após o massacre promovido por Merah.
Por John
Irish e Marine Pennetier
(Reportagem adicional de
Nicolas Bertin)
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