21ª edição do Festival de Curitiba segue até o dia oito de abril.
Risorama está na 9ª edição e começa nesta quinta-feira (29).
Risorama está na 9ª edição e começa nesta quinta-feira (29).
Diogo Portugal é humorista desde 1998 (Foto: Divulgação)
A nova edição do Risorama, no Festival de Curitiba, conta com pelo menos
30 comediantes de todo o país, que apostam em uma receita simples: um microfone
e histórias inusitadas. A 21ª edição do festival segue até o dia oito de
abril, na capital.
As apresentações dos Stand-ups no Risorama começam nesta quinta-feira
(29) e serão realizadas no Park Cultural, no estacionamento do Parque Shopping
Barigui.
"Além de vários humoristas que admiro muito, nesta edição teremos a
presença de Nany Peaple, Sérgio Malandro, que já se apresentou anteriormente no
festival, Gustavo Mendes, que mistura comédia com mágica, do comediante
cearense Murilo Gun, que também é um excelente humorista, e dos grupos Os
Melhores do Mundo e Os Barbichas", conta o humorista curitibano e curador
do Risorama, Diogo Portugal.
Diogo conta que o Risorama foi inserido no festival após uma
apresentação em um bar da capital. "As apresentações de Stand-up
comedy já eram sucesso naquela época (2002). E como o Festival de
Curitiba ainda não tinha apresentações de humor, eu convidei a equipe de
organizadores para assistir a uma apresentação. Eles gostaram e hoje já estamos
na 9ª edição do Risorama.
O humorista destaca que desde a primeira edição, ocorreram mudanças,
algumas, segundo ele, consideradas injustas.
"Da primeira a quarta edição, nós não divulgávamos quem faria o
stand-up e mesmo assim as platéias lotavam, com isso, vários artistas se
destacaram. Hoje, depois de reclamações do próprio público, somos obrigados a
informar. Com isso, muitas pessoas deixam de prestigiar os novos comediantes,
simplesmente por não serem famosos", explicou Portugal.
"Acho que as pessoas deveriam ter em mente que fama não determina a
risada. Um exemplo disso, são os vários humoristas que começaram a se destacar
depois de participar do Festival. Entre eles, Mercelo Médici, Bruno Mazzeo,
Murilo Couto, Danilo Gentili, Oscar Filho e Rafinha Bastos", conta Diogo.
Para o humorista, que trabalha com Stand-up comedy desde 1998, o
trabalho deve ser valorizado porque montar uma apresentação não é fácil.
"Isso depende de cada artista, mas na maioria dos casos, para fazer uma
hora de apresentação, são necessários anos de dedicação", relatou.
Para finalizar, Diogo conta fazer apresentações na capital é sempre um
desafio. "Não é fácil fazer o curitibano dar risada. Eu sou curitibano e
sei bem disso. Eles são um pouco fechados e sempre gostam mais da grama do
vizinho", conta com humor.
"Eu encaro isso como uma coisa positiva, afinal, é como se fosse um
teste, se funcionar aqui, é provável que seja um sucesso nos outros lugares.
Prova disso, são as várias peças que começaram aqui e deslancharam pelo Brasil
afora", comemora.
"O Risorama tem uma essência especial pra mim e para todos os
comediantes envolvidos. Vale a pena assistir", finaliza o curitibano.
Por Adriana Justi
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