Um tibetano morreu nesta quarta-feira
após atear fogo ao próprio corpo no início da semana em Nova Délhi em protesto
contra o regime chinês na região himalaia, disseram ativistas, horas antes da
chegada prevista do presidente chinês, Hu Jintao, à cúpula de nações de
mercados emergentes.
Trinta tibetanos, em sua maioria monges e freiras budistas,
imolaram-se, principalmente na região sudoeste da China, no último ano, de
acordo com grupos de direitos humanos tibetanos. Pelo menos 20 deles morreram.
Jamphel Yeshi, de 27 anos, ateou fogo ao corpo na
segunda-feira em um protesto contra a visita de Hu. Ele morreu em um hospital
local em decorrência de seus ferimentos, afirmou o secretário-geral do
Congresso da Juventude Tibetana em comunicado.
"O fato que tibetanos estão ateando fogo a si mesmos no
século 21 é para fazer com que o mundo saiba de seu sofrimento", Yeshi
escreveu em um comunicado escrito à mão encontrado em seu quarto.
Nascido no Tibet, mas exilado na Índia, Yeshi era um ativista
da organização juvenil que busca independência para a região himalaia sob
governo chinês há mais de seis décadas.
A chegada de Hu em Délhi está prevista para a tarde desta
quarta-feira para participar na cúpula de um dia com Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul, conhecidos como os Brics.
Por Annie Banerji)
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