Mais
de 40% das vítimas de homicídios em Curitiba eram usuárias de drogas.
Dependente em recuperação diz que, para quem usa crack, só resta à morte.
Dependente em recuperação diz que, para quem usa crack, só resta à morte.

Reprodução
da RPC TV
Dentre as 685 vítimas de
homicídios em Curitiba, em 2011, 293 eram usuárias de drogas, de acordo com
dados da Secretaria de Segurança do Paraná, disponíveis no Mapa do Crime, da RPC TV. Além dessas, outras 130
tinham envolvimento direto com o tráfico.
Para o Delegado de
Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, os números denunciam o que é a
realidade nas ruas não só da capital, mas também nas cidades do interior. Para
os usuários de drogas, a lei que vale é a dos traficantes. “Mata-se não pelo
que se deve, mas para mostrar o seu poder [do traficante] e a sua autoridade
dessa forma. Porque se um indivíduo dever para ele e não pagar, outro vai ficar
devendo também e o outro também”, diz.
Um dependente de crack em
recuperação, que não quis se identificar conta como era a vida que levava antes
de entrar para uma clínica. Segundo ele, os usuários não têm limites. “Se você
tiver R$ 5 mil, você gasta. Enquanto não acabar, você não para” revela. Para
ele o destino de um usuário é matar e roubar para manter o vício. “É morte, é
morte”, afirma.
Nas ruas do Centro de
Curitiba, imagens mostram alguns usuários utilizando a droga em plena luz do
dia. Em certo momento, chegam a discutir com o fornecedor. Outro dependente
explica a sensação que a droga traz. “É um prazer momentâneo, você usa e cada
vez quer usar mais. Não tem fim”, revela.
G1 do PR
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