Entre os mortos estão um pai e seus dois filhos.
Crime pode ter relação com assassinato de dois soldados.
Crime pode ter relação com assassinato de dois soldados.

Polícia e bombeiros
se concentram na região da escola em Toulouse,
sudoeste da França (Foto: Bruno
Martin/AP)
Pelo menos quatro pessoas, inclusive três crianças, foram mortas
nesta segunda-feira (19) numa escola judaica de Toulouse, no terceiro tiroteio
com mortes em pouco mais de uma semana no sudoeste da França.
O presidente Nicolas Sarkozy e o seu adversário eleitoral François
Hollande cancelaram compromissos e foram ao local dos crimes para manifestar
solidariedade às vítimas e defender reforços na segurança.
Sarkozy disse haver evidente semelhança entre o ataque à escolha e
os realizados contra os três soldados. "Nós estamos abalados pela
similaridade entre o modus operandi do drama de hoje e o daqueles da semana
passada, mesmo que tenhamos de esperar para ter mais elementos por parte da
polícia para confirmar essa hipótese", afirmou em Toulouse. Sarkozy disse
que um dos soldados mortos nos incidentes da semana passada era de origem
caribenha e os outros dois, muçulmanos.
Os incidentes podem levar a questão da segurança para o topo da
campanha com vistas à eleição presidencial de abril, que até agora tem sido
dominada por questões de política tributária e imigração. Os três casos
recentes estão sendo investigados por promotores.
O promotor Michel Valet, de Toulouse, disse que um homem armado matou um
professor de hebraico, de 30 anos, e dois filhos dele, de 3 e 6 anos, além de
outra criança. Um jovem de 17 anos também foi baleado e está hospitalizado.
"O agressor estava atirando nas pessoas em frente à escola, então
perseguiu as crianças dentro da escola, antes de fugir em uma moto
pesada", disse Valet a jornalistas. O agressor usava uma arma de alto
calibre e outra arma. Mas as autoridades não souberam dizer se essas eram as
mesmas armas usadas na morte de três soldados em dois incidentes na semana
passada na vizinha localidade de Montauban, cometidos por um homem que fugiu de
motoneta.
Um porta-voz do Ministério do Interior disse que a segurança está sendo
reforçada em todas as escolas judaicas do país. A pequena escola Ozar Hatorah,
num bairro arborizado e rico de Toulouse, registrou cenas caóticas depois da
agressão, com pais chorando e procurando os filhos.
"Vi duas pessoas mortas em frente à escola, um adulto e uma criança
(...). Dentro era uma visão de horror, os corpos de duas crianças
pequenas", disse o pai de um aluno, abalado, à rádio RTL. "Não encontrei
o meu filho; aparentemente ele fugiu quando viu o que aconteceu. Como podem
atacar algo tão sagrado quanto uma escola, atacar crianças de apenas 60
centímetros de altura?"
A chancelaria israelense manifestou perplexidade com o massacre, e disse
confiar na investigação francesa.
France Presse
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