Qual fã
de tênis nunca teve curiosidade em saber quão rápido é o seu primeiro serviço?
Pois o Aberto do Brasil de 2012 dá essa possibilidade ao público, que tem à
disposição dois stands de patrocinadores funcionando durante o evento com
raquetes, bolinhas e um indispensável sensor de velocidade.
Foto: Edson Lopes Jr. /Terra
Ambos os
espaços, localizados próximos ao portão principal do Ginásio do Ibirapuera, em
São Paulo, vêm atraindo bastante público no intervalo das partidas do torneio.
O stand da Petrobras foi visitado por 229 pessoas na segunda-feira e na terça
por cerca de 250, número parecidos aos da Ourocard, ao qual aproximadamente 200
fãs se dirigiram na última segunda. Este tem um fascínio a mais, pois premia
com uma raqueteira o dono do saque mais rápido do dia.
Os
lugares funcionam da mesma forma. Mediante um cadastro, o participante recebe
raquete e bolinhas para dar três saques. Um funcionário fica atento ao medidor
de velocidade e anota os números. No primeiro stand há um ranking com os dez
primeiros colocados, enquanto que no segundo apenas o nome do vencedor da
jornada é estampado - ao lado dos recordes do tênis mundial.
Desde
março de 2011, o recordista de saque mais veloz da história é o croata Ivo
Karlovic, de 2,02 m, que conseguiu 251 km/h na derrota ao lado de Ivan Dodig
contra os alemães Christopher Kas e Philipp Petzschner pela primeira rodada da
Copa Davis de 2011, em Zagreb. Antes a marca pertencia ao americano Andy
Roddick, de 1,88 m, que anotou 249 km/h na vitória sobre o bielorrusso Vladimir
Voltchkov, em setembro de 2004, pela semifinal da mesma competição.
Nos
stands, os números são bem mais modestos. Até as 19h (de Brasília) desta terça,
quem liderava em um dos locais era uma dupla: Washington Alves, 41 anos,
policial militar, e o filho Henrique Alves, 17 anos. Ambos haviam feito 141
km/h na melhor tentativa e até então levavam a raqueteira - a qual perderiam
para outro desafiante que mais tarde marcou 154 km/h.
"É
extremamente divertido", disse Washington, definindo-se como um
"peladeiro" quando questionado se realmente jogava tênis. "Ele é
profissional", completou, apontando para Henrique, atualmente o 15º
colocado do ranking sub-18 da Confederação Brasileira de Tênis. Ambos vivem em
Belo Horizonte e foram a São Paulo especialmente para acompanhar a competição.
Saques de
lado - mais próximo à técnica correta dos profissionais -, saques de frente,
saques pulando ou sem pular... o mais importante era tentar colocar o máximo de
força na bola. Afinal, não são todos os clubes e academias que disponibilizam
um medidor de velocidade como o dos torneios profissionais.
Por Henrique
Moretti | Terra
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