No
fim do ano passado, os cientistas do Cern informaram que já conseguiram reduzir
em muito o espaço onde ele pode estar se escondendo, além de terem revelado o
local deste possível "esconderijo"
Foto Divulgação
O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern)
anunciou nesta terça-feira os parâmetros que o Grande Colisor de Hádrons (LHC)
vai usar este ano na busca pelo bóson de Higgs, apelidado "partícula de
Deus", e outros experimentos. A energia do feixe de prótons do acelerador
de partículas será elevada em 0,5 teraeletronvolts (TeV) para 4 TeV de forma a
acumular o maior número de dados o possível para confirmar ou descartar a existência
do Higgs ainda em 2012 e antes que o LHC faça uma longa pausa em suas
operações.
"Quando começamos a operar o LHC, em 2010,
escolhemos o feixe mais fraco e seguro que fosse consistente com a física que
queríamos fazer", explicou Steve Myers, diretor de aceleradores e
tecnologia do Cern.
"Dois bons anos de experiência operacional com
o feixe e medições adicionais feitas durante 2011 nos dão a confiança para
elevar um pouco a energia e, assim, estender o alcance dos experimentos antes
que o LHC faça uma longa pausa."
Das 32 partículas fundamentais do Universo
(prótons, nêutrons, elétrons, entre outras) previstas pelo Modelo Padrão da
Física, formulado em 1964, o Higgs é a única que ainda não foi detectada.
Segundo a Teoria da Relatividade de Albert Einstein e sua famosa equação E=MC2,
energia e matéria são intercambiáveis. Um próton tem uma massa de 1
gigaeletronvolts (GeV).
No fim do ano passado, os cientistas do Cern
informaram que já conseguiram reduzir em muito o espaço onde ele pode estar se
escondendo, além de terem revelado o local deste possível
"esconderijo". Os dados, no entanto, ainda não são suficientes para
qualquer conclusão definitiva sobre a existência do bóson, e no fim deste ano o
LHC vai parar de funcionar por 20 meses para ser preparado para operar à
energia máxima para a qual foi desenhado, de 7 TeV.
"Quando o LHC for passar por essa longa parada
no fim deste ano, saberemos se a partícula Higgs existe ou se excluímos a
existência de um Higgs dentro do Modelo Padrão", disse Sergio Bertolucci,
diretor de pesquisas do Cern.
"Qualquer uma das descobertas saria um grande
avanço na nossa exploração da Natureza, aproximando-nos da compreensão de como
as partículas fundamentais adquirem sua massa e marcando o início de um novo
capítulo na física de partículas.
Agência
Globo

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