O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um chamado neste
domingo à China para que use sua influência para deter o "mau
comportamento" da Coreia do Norte no impasse sobre a questão nuclear com o
Ocidente, e indicou que poderão ser impostas novas sanções ao regime
norte-coreano, se o país mantiver sua decisão de lançar um foguete no mês que
vem.
Obama afirmou que esse lançamento iria isolar ainda mais a Coreia do
Norte, um Estado comunista pobre, que deveria mostrar a sinceridade de suas
intenções, segundo ele, se quiser retomar as negociações envolvendo seis partes
para a troca de ajuda por desarmamento. A China é a anfitriã das conversações
da qual tomam parte as duas Coreias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos dizem que o lançamento do foguete é
um teste disfarçado de um míssil balístico. O governo norte-coreano alega que
apenas pretende pôr um satélite em órbita.
Obama disse que "as ações da China de compensar mau comportamento e
fazer vistas grossas a provocações deliberadas" obviamente não estavam
funcionando. E acrescentou que iria levantar a questão no encontro com o
presidente chinês, Hu Jitao, na segunda-feira.
"Acredito que a China esteja sendo bastante sincera quanto a não
querer ver a Coreia do Norte com uma arma nuclear", disse ele em
entrevista coletiva à imprensa em Seul, antes de uma cúpula mundial sobre
segurança nuclear."Mas terá de agir para isso de um modo
sustentável."
Os comentários de Obama foram sua mais forte pressão até agora para que
o governo chinês use sua influência para se impor sobre a Coreia do Norte, sua
aliada, e se coadunam com seu recente chamado para que a China assuma suas
responsabilidades como potência mundial em ascensão.
Em um ano eleitoral nos EUA, com os republicanos acusando Obama de não
ser forte o suficiente em relação à China, falar duro com a China é visto como
uma maneira de ganhar votos depois de três anos de conturbada diplomacia nos
casoa do Afeganistão, Irã e Iraque.
Por Alister Bull e Matt Spetalnick
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