A obra "O
Grito", de Edvard Munch, poderá se tornar a pintura mais cara da história
a ser vendida em um leilão, na quarta-feira, caso se cumpram as previsões de
que o quadro arrecade até 150 milhões de dólares.

Estima-se que a
pintura, uma das quatro versões produzidas pelo artista escandinavo e a única
de propriedade privada, seja vendido por 80 milhões de dólares quando o martelo
da Sotheby´s bater em Nova York.
Mas o
especialista Nicolai Frahm, da Frahm Ltd., acredita que o preço vai subir.
"Acho que
chegará aos 150 milhões de dólares", disse ele em uma entrevista por
telefone. Com isso, o valor superaria o recorde estabelecido pelo quadro
"Nu, folhas verdes e busto", de Pablo Picasso, vendido por 106,5
milhões de dólares em 2010.
"Esta é a
primeira vez que temos uma obra tão icônica à venda", acrescentou ele.
"Essa pintura é muito mais famosa do que o artista jamais foi."
Outros
especialistas independentes sugeriram que o preço final deve ficar em torno de
125 milhões de dólares.
A Sotheby's foi
longe para proteger a pintura. Ela está sob vigilância 24 horas por dia em sua
sede em Nova York, onde fica abrigada em uma minigaleria especialmente
construída para isso, atrás de cercas elétricas.
Duas das quatro
telas "O Grito" foram roubados de museus em 1994 e 2004, mas ambas
foram recuperadas depois. Petter Olsen, cujo pai era amigo e vizinho de Munch,
está vendendo uma versão de 1895, e planeja fundar um museu com o dinheiro.
A Sotheby's
disse ter feito a estimativa de modo intuitivo.
"Parece que
100 milhões de dólares pode funcionar como uma barreira", disse David
Norman, co-presidente para arte moderna e impressionista.
"Mas
pinturas como essa - aonde elas vão parar é uma questão de momento. É muito
difícil de prever. Você está tentando determinar o preço de uma das imagens
mais raras e singulares dos últimos 150 anos."
Norman afirmou
que muitos apreciadores de arte acreditam que o preço da venda será muito maior
do que a estimativa pré-venda. A fama da pintura poderá levar o preço à
estratosfera.
Por Chris Michaud
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