Agentes estão insatisfeitos com os valores para oficiais
de cargos intermediários. A partir de segunda-feira, entidades representativas
da PM pretendem se reunir com deputados e com o governador para discutir
Os policiais militares realizaram uma assembleia
neste sábado (3) para avaliar as tabelas de reajustes apresentadas pelo governo.
Os agentes continuam insatisfeitos com os valores apresentados e pretendem
entregar uma contraproposta para o governador Beto Richa
(PSDB).
Segundo o cabo Carlos Lima, da Associação
da Classe Policial Militar, a tabela avança nos valores
propostos para soldados iniciantes, mas prejudica intermediários e privilegia
os vencimentos dos oficiais com cargos mais altos. Na avaliação dos policiais,
os salários do teto da categoria já são considerados bons, mas é preciso
avançar em relação à remuneração dos cargos intermediários. “Nossa intenção é
de valorizar os cargos intermediários”, afirma.
Ele explica que um cabo recebe R$ 200 a mais que um
soldado e um sargento R$ 150 a mais que o cabo. “Essa diferença no meio da
tabela é muito pequena, enquanto para os cargos mais altos a diferença é muito
grande”, explica.
A partir de segunda-feira (5), os policiais que
participam das entidades representativas vão tentar uma audiência com
deputados, para discutir a questão, além de esperar por um encontro com o
governador. “Vamos permanecer mobilizados e esperamos que o governo receba as
entidades da Polícia Militar, porque elas não foram ouvidas. Quem participou de
todas as reuniões foi o comando da PM”, justifica.
Científica
Na sexta-feira (2), o Sindicato dos Peritos
Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), único representante de
classe que ainda não havia se manifestado sobre a proposta, comunicou que não
será possível levar a nova tabela para votação na próxima semana. Segundo os
peritos, o governo não especifica detalhes de como se dará o reenquadramento
dos servidores e as regras de progressão salarial.
Os peritos querem agendar mais um encontro técnico
com o representante do governo na próxima semana para o ajuste desses detalhes.
Com as dúvidas sanadas, a assembleia deverá ser marcada para que a proposta
seja colocada em votação. Os médicos legistas, que também fazem parte da
Polícia Científica, agendaram uma assembleia para avaliar a proposta na
quarta-feira (7).
Civil
A assembleia da Polícia Civil foi marcada para as
19h de terça-feira (6) no Prado Velho. Os policiais vão avaliar a proposta,
mas, na quinta-feira, o Sinclapol, sindicato que representa a classe, já se
manifestou contra o reajuste proposto pelo governo.
Por Fernanda Trisotto
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