Uma semana depois do lançamento dos programas de redução de juros, Banco do
Brasil e Caixa Econômica Federal já comemoram os bons resultados e afirmam que
estão em busca de soluções para melhorar a qualidade e a eficiência do
atendimento nas agências.
Segundo informações da Caixa, o volume de concessões de crédito
aumentou 17% para pessoas físicas e 9% para pessoas jurídicas em comparação com
a semana anterior ao lançamento do programa. Foram abertas duas linhas de
crédito, respectivamente, R$ 518 milhões e R$ 323 milhões nos primeiros cinco
dias de vigência. Apenas no segmento pessoa física, houve um crescimento de 11%
na base de clientes do banco com a chegada de aproximadamente 1,3 mil novos
correntistas, que transferiram suas operações de outras instituições para a
Caixa Econômica.
Resultados vão depender do atendimento
Enquanto os bancos públicos demonstraram despreparo na primeira
semana de vigência dos programas de redução de juros, marcada pelo desencontro
de informações, os bancos privados podem apostar no bom atendimento como um
trunfo para reter clientes, acredita o consultor financeiro Altemir Farinhas.
Segundo ele, a desinformação nesta primeira fase pode acabar pesando contra os
bancos públicos e a favor dos privados que souberem negociar com seus clientes
taxas mais atrativas.
No Banco do Brasil, nos três dias seguintes ao lançamento do
programa (12, 13 e 16), o número de novas adesões aos cinco pacotes de serviços
do BomPraTodos totalizou cerca de 40 mil, o que não representa,
necessariamente, um aumento na base de clientes, já que até mesmo os
correntistas mais antigos precisam aderir ao pacote para acessar taxas menores
em algumas linhas de crédito.
A grande procura foi pelas taxas reduzidas na linha de crédito BB
Crediário, que apresentou evolução de 112% em relação à média diária de
concessão de crédito de todo o mês de março, passando de R$ 396 mil para R$ 842
mil. Além de impostos, taxas cartorárias e serviços, o BB Crediário também
financia bens novos como materiais de informática, eletrodomésticos, eletroeletrônicos
e roupas. Na sequência, ficou o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) para a
compra de veículos, cuja média de concessão de crédito aumentou 79% em relação
ao mês de março, passando de R$ 11 milhões para R$ 19,7 milhões. O CDC total,
que agrega outras modalidades de crédito, subiu 41%, liberando, em média, R$ 80
milhões a mais que em março.
Na Caixa, a procura pelo crédito consignado subiu 61,4% em
comparação com os cinco primeiros dias do mês de março. O volume total de
crédito disponibilizado na primeira semana de vigência das novas taxas passou
de R$ 676 milhões para R$ 419 milhões no período anterior, justificando a média
de contratação diária, que saltou de R$ 77 milhões, na semana anterior ao
programa, para R$ 135 milhões depois da implementação dos cortes. No CDC, a
média de contratação diária também subiu de R$ 10 para R$ 20 milhões depois do
Caixa Melhor Crédito.
Por Cintia Junges
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