A Casa do Carinho é um dos 12 abrigos institucionais mantidos pelo município que funcionam 24 horas por dia. São locais onde vivem pessoas que estão sob tutela do Poder Público. Pessoas que foram abandonadas ou negligenciadas pela família. Dos 12 abrigos, quatro são para adultos e oito são voltados a crianças de zero a 18 anos. Dos cerca de 200 menores acolhidos, 80% são os chamados “filhos do crack”. Menores retirados do convívio com a dura realidade de familiares que fazem uso de drogas pesadas. Meninos e meninas que nasceram e cresceram assistindo aos flagelos e estragos provocados pela pedra que toma conta do país.
De acordo com a secretária de Cidadania e Assistência Social (SMCas), Berenice Nunes, são assustadores os números do aumento da incidência de crianças nos abrigos municipais. A Casa do Carinho, que atende crianças de zero a três anos de idade, foi a que obteve o maior número de acolhidos nos últimos meses com relação aos anos anteriores. Em dezembro de 2010, haviam 25 menores vivendo no abrigo. Essa era também a média nos anos anteriores. Mas um ano depois esse total quase dobrou e hoje são 39 menores de zero a três anos sob tutela do município na Casa do Carinho.
A gerente dos abrigos, Maristela Branco, afirma que o local já possui mais crianças que o normal há um certo tempo. “Por lei, as casas institucionais deveriam abrigar no máximo 20 pessoas, mas não temos o que fazer, precisamos acolher quando necessário”, afirma. Maristela diz ainda que, mesmo com as dificuldades, a Casa do Carinho continua prestando um serviço exemplar aos meninos e meninas.
Por Diego Queijo
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