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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Portugal vende 2,5 bi de euros em títulos; rendimentos caem

Portugal vendeu 2,5 bilhões de euros em títulos do Tesouro nesta quarta-feira, a rendimentos menores, mas não muito longe das máximas históricas. Foi o maior leilão de dívida desde que o país buscou ajuda externa, no ano passado.

Os rendimentos nos títulos de três meses ficaram estáveis em relação ao último leilão, em 4,34%, enquanto os títulos de seis meses foram emitidos a um rendimento de 4,74%, contra 5,25% na última vez que papéis similares foram vendidos em novembro, informou a agência de dívida IGCP.

Já os rendimentos dos títulos de 11 meses - o vencimento mais longo emitido por Portugal desde o ano passado - alcançaram 4,986 por cento. Na última vez que o país emitiu títulos neste prazo, em abril de 2011 - pouco antes de buscar 78 bilhões de euros em empréstimos internacionais -, os rendimentos bateram o recorde de 5,9%.

A demanda superou a oferta em 4,1 vezes nos títulos de três meses, em 3 vezes nos títulos de seis meses e em 2,1 vezes nos títulos de 11 meses.
 
Crise
Na útlima semana, Portugal foi aprovado na segunda revisão de seu programa de resgate de 78 bilhões de euros da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), cujos inspetores disseram estar "muito satisfeitos", mas pediram ao país que entregue mais reformas estruturais. Embora a revisão trimestral positiva abra caminho para que o país receba a próxima parcela de financiamentos em breve, os inspetores alertaram que medidas extraordinárias utilizadas neste ano para cobrirem um déficit orçamentário não devem ser repetidas em 2012.

Ainda que a tempestade da crise de dívida da zona do euro tenha se movido para países maiores, com os rendimentos dos títulos públicos italianos e franceses recentemente em forte alta, a resposta de Portugal à sua crise pode oferecer algum incentivo à região. Com o colapso econômico da Grécia, autoridades europeias têm se esforçado para apontar histórias de sucesso. Mas Portugal não conseguiu evitar completamente as críticas.
Portugal vai cumprir a meta deste ano de déficit orçamentário, em parte através de uma transferência extraordinária de fundos de pensão de bancos para o Estado. Portugal continua sendo o segundo país mais arriscado da zona euro, com base no spread entre os rendimentos de seus títulos públicos e os papéis alemães. Essa diferença atualmente está em cerca de 1.100 pontos-base.

Portugal foi o terceiro país a precisar de um resgate na zona do euro, depois de Irlanda e Grécia, pedindo ajuda em abril depois de seus custos de empréstimos dispararem. Mas a Irlanda conseguiu crescer neste ano e deve avançar novamente em 2012, enquanto Portugal está a caminho de sua mais profunda recessão em décadas, com um crescimento modesto previsto apenas para 2013.

Portugal tem de fazer reformas em sua economia em dificuldades, incluindo no mercado de trabalho, mas medidas duras, entre elas a demissão de funcionários públicos no final do ano e bônus de férias por dois anos já devem enfraquecer ainda mais a economia.


Fonte: Reuters News

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