Regivaldo Galvão foi condenado a 30 anos, mas ainda pode
recorrer.
Apontado como mandante, ele é acusado de pagar R$ 50 mil pelo crime.
Apontado como mandante, ele é acusado de pagar R$ 50 mil pelo crime.

A missionária Dorothy
Stang (Foto: Reprodução/TV Globo)
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou novo pedido de
liberdade ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, condenado a 30 anos de prisão
pela morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, no Pará. A decisão foi
publicada nesta segunda-feira (6).
O relator do caso, desembargador convocado Adilson Vieira
Macabu, considerou não haver elementos que justifiquem a libertação do réu
antes da análise do mérito do pedido, que ainda será feito pelo tribunal
superior.
A liminar no mesmo habeas corpus havia sido negada em 10
de novembro, mas a defesa apresentou pedido de reconsideração. Segundo o STJ,
os advogados pedem que o réu permaneça em liberdade até o julgamento do último
recurso contra sua condenação.
O fazendeiro, apontado como mandante do crime está preso
desde setembro do ano passado, quando se apresentou à polícia. Ele ainda pode
recorrer da decisão do júri que o condenou.
A defesa afirma que há constrangimento ilegal e que não
houve fato novo que justificasse a prisão. Além disso, argumenta que Galvão não
poderia estar preso porque respondeu ao processo em liberdade e compareceu
todas às vezes em que foi chamado.
O desembargador manteve o entendimento adotado ao negar a
liminar em novembro. Segundo ele, a forma como o crime foi cometido merece
atenção e não cabe analisar no habeas corpus a culpa do fazendeiro.
A periculosidade do fazendeiro foi destacada no decreto
de prisão expedido pela 1ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do
Pará. De acordo com o processo, Galvão teria contribuído com R$ 50 mil para a
execução da missionária.
“O condenado, de forma premeditada, em concurso de
agentes com unidade de desígnios, mandou executar a vítima, mediante promessa
de pagamento, pois ela incomodava e contrariava seus interesses de fazendeiro,
fato este confirmado por um dos denunciados na sessão de julgamento no Tribunal
do Júri”, afirmou o desembargador.
Globo.com
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